Tarcísio entra em campanha por Aldo Rebelo na vice de Nunes

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), entrou em campanha para que o ex-ministro e ex-deputado Aldo Rebelo seja escolhido como candidato a vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará reeleição em 2024 na capital paulista.

A postura de Tarcísio ficou explícita no almoço entre ele, Nunes e Aldo em 26 de fevereiro. O encontro, revelado pela coluna na terça-feira (5/3), teve ainda as presenças da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e do diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.

Durante o almoço, segundo relatos feitos à coluna, o governador paulista fez uma defesa enfática do nome de Aldo como vice do prefeito na eleição deste ano. A avaliação é de que o ex-ministro ajuda a levar a imagem da candidatura do prefeito mais para o centro.


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A percepção de Tarcísio é compartilhada por outros aliados do prefeito. A avaliação desse grupo é de que a presença de Aldo na chapa ajuda a amenizar o impacto negativo que o apoio de Jair Bolsonaro a Nunes tem sob o eleitorado mais progressista da capital.

Aldo, vale lembrar, tem um histórico ligado à esquerda. Ele foi filiado ao PCdoB por 40 anos e possui no currículo passagens por governos petistas – foi ministro do Esporte no governo Lula (2011-2014) e da Defesa no governo Dilma Rousseff (2015-2016).

Como noticiou a coluna, a ideia de aliados de Nunes seria ele e Aldo saírem candidatos em uma chapa pura. Ou seja, Aldo seria candidato a vice pelo MDB, mesmo partido do prefeito. Atualmente, o ex-ministro está licenciado do PDT, que deve apoiar Guilherme Boulos (PSol).

Condicionantes

Aliados de Nunes ponderam que a articulação para Aldo ser vice só dará certo se os principais partidos da base do prefeito, sobretudo PL e Republicanos, apoiarem. O principal nome a ser convencido é Bolsonaro, que já indicou para a vice de Nunes um coronel da PM.

Além do aval do bolsonarismo, Aldo precisaria deixar, até 6 de abril, o cargo de secretário de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo, conforme exige a legislação eleitoral. O ex-ministro assumiu o posto em 19 de fevereiro, em substituição a Marta Suplicy.

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