16 Psyche, o “asteroide de ouro”, pode não ser o núcleo de um planeta

O telescópio James Webb encontrou minerais hidratados no asteroide 16 Psyche, rico em metal. A descoberta foi feita por pesquisadores liderados por Stephanie Jarmak, do Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian, e sugere que a hidratação nele ocorre na forma de ferrugem. O composto indica que a origem do Psyche pode ser diferente do que pensávamos.

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  • 16 Psyche | O que se sabe sobre o “asteroide de ouro”?

O 16 Psyche é um asteroide que mede 280 km de diâmetro e tem metais raros, que o fariam valer US$ 100 mil quadrilhões. Sua superfície é tão brilhante que os pesquisadores suspeitam que o objeto seja o núcleo metálico de um planetesimal (um bloco construtor dos planetas). Se este for o caso, então o Psyche pode revelar como a Terra e outros planetas se formaram.

Dados obtidos nos últimos anos mostraram que a densidade e o espectro de reflexão (a intensidade dos diferentes comprimentos de onda refletidos pela superfície do asteroide) indicam que, na verdade, ele deve ser feito de uma mistura de silicatos e metais. Em 2017, pesquisadores descobriram vestígios de água no objeto. 


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Para descobrir se o composto realmente existe no Psyche, Jarmak e seus colegas usaram o telescópio James Webb para observar o Psyche em março de 2023. Eles confirmaram a presença da hidroxila (molécula formada por um átomo de oxigênio e um de hidrogênio) no asteroide, e perceberam que a assinatura do composto é parecida com aquela em alguns meteoritos ricos em carbono e ferrugem.

Representação da sonda Psyche, da NASA, lançada para estudar o asteroide(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech/ASU)

Portanto, eles concluíram que a hidroxila está ligada aos metais no Psyche, formando ferrugem. Apesar de os dados de outro instrumento do Webb não terem assinaturas conclusivas da presença de água, os cientistas suspeitam que talvez ela esteja presente em partes do asteroide que estavam “escondidas” do telescópio. 

Já a hidroxila e os minerais podem indicar que o Psyche foi atingido por outros asteroides condritos carbonáceos. A outra possibilidade é que a hidratação seja algo próprio do asteroide — e, se este for o caso, isso pode mudar tudo que sabíamos sobre o objeto. 

“Os asteroides são sobras do processo de formação planetária, portanto suas composições variam dependendo de onde se formaram na nebulosa solar”, comentou Anicia Arredondo, do Southwest Research Institute, em um comunicado. “A hidratação endógena [ou seja, interna] poderia sugerir que Psyche não é o núcleo remanescente de um protoplaneta”, finalizou.

O artigo com os resultados do estudo foi aceito para publicação na revista Planetary Science Journal e está disponível no repositório arXiv.

Leia a matéria no Canaltech.

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