Lixômetro, remada e Festa da Nascente celebram o Rio Tietê

São Paulo — Além da chegada da primavera, este domingo (22/9) marca as celebrações pelo Dia do Rio Tietê, um dos símbolos de São Paulo. O curso d’água, que corta o estado de leste a oeste, tem 1.136 km de extensão e passa por 62 municípios.

A data em homenagem ao rio surgiu durante a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Na ocasião, um abaixo-assinado com mais de 1,2 milhão de assinaturas cobrou ações de despoluição do Tietê — um problema que já preocupava a opinião pública naquela época.

Para comemorar a data, a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) criou um lixomêtro para ser instalado no Rio Pinheiros, principal afluente do Tietê. O objetivo do aparelho é mostrar dados atualizados semanalmente sobre a quantidade de lixo superficial recolhida no canal.

A inauguração do lixômetro vai acontecer no domingo. Mas outras atividades e homenagens têm acontecido antes da data oficial. Nessa sexta-feira (20/9), Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, acompanhou uma remada no rio (foto em destaque).

Neste sábado (21/9), a secretária vai participar de uma caminhada no Parque Ecológico Tietê, na zona leste da capital, com plantação de mudas. No domingo, a comemoração vai acontecer em Salesópolis, no interior do estado, onde fica a nascente do rio.

Celebração em Salesópolis

O município localizado na região metropolitana de São Paulo planejou uma programação completa para o Dia do Rio Tietê, com shows e barracas gastronômicas. A 3ª Festa da Nascente do Tietê começou na sexta e prossegue neste sábado e domingo.

Ao longo da próxima semana, outras atividades culturais serão realizadas em homenagem ao rio, desta vez no Museu da Energia. A programação conta com ações educativas, trilhas e palestras de terça-feira (24/9) até sábado (28/9).

Poluição no Rio Tietê

O programa de monitoramento da Fundação SOS Mata Atlântica apontou que, em 2024, o Rio Tietê apresentou piora em sua mancha de poluição. Segundo o estudo do projeto Observando Rios, são 47 quilômetros a mais, ou seja, um aumento de 29%, em comparação com os dados de 2023.

Segundo o estudo, a água do rio que corta quase todo o estado está imprópria para uso em 207 dos 576 km analisados. Dos 207 km de mancha imprópria, 131 km são avaliados com a “qualidade ruim” e 76 km são classificados com qualidade “péssima”.

Este é o terceiro ano consecutivo em que há aumento da área poluída do Tietê. Ainda de acordo com os dados, no ano passado, o valor era de 160 km. Em 2022, eram 122 km.