Brasil fortalece cooperação global para cibersegurança crítica

Rio de Janeiro — O Brasil está intensificando sua participação em iniciativas globais de cibersegurança para proteger suas infraestruturas críticas, como energia e telecomunicações. A Política Nacional de Cibersegurança, em vigor desde 2023, e a colaboração com parceiros internacionais são fundamentais para enfrentar ataques cibernéticos em setores estratégicos.


O que você precisa saber:

  • Política Nacional de Cibersegurança: Em vigor desde 2023, estabelece diretrizes para proteger setores estratégicos como energia e telecomunicações.
  • Apoio internacional: O Brasil participa de iniciativas globais de cibersegurança em cooperação com países e organismos internacionais.
  • Setores críticos sob ataque: A rede de energia e telecomunicações tem sido alvo de frequentes ataques cibernéticos, exigindo melhorias contínuas na segurança digital.
  • Investimentos em cibersegurança: Empresas e governo têm investido em tecnologias para proteger infraestruturas críticas, mas o setor ainda enfrenta desafios orçamentários.

Colaboração internacional para proteção digital

A cibersegurança tornou-se uma prioridade para o Brasil nos últimos anos. Em 2023, entrou em vigor a Política Nacional de Cibersegurança, estabelecendo metas para proteger setores estratégicos, como energia, saúde e telecomunicações. O país tem ampliado sua participação em esforços globais de segurança digital, buscando soluções e trocando informações com parceiros internacionais.

A União Internacional de Telecomunicações (UIT), em seu relatório de 2024, destacou o avanço do Brasil em maturidade digital, citando o aumento de investimentos e a criação de laboratórios de cibersegurança, como o inaugurado pelo Google em São Paulo.

Laboratórios de cibersegurança do Google

Em agosto de 2024, o Google inaugurou um Centro de Engenharia e Cibersegurança em um edifício histórico de São Paulo. O laboratório, parte de uma iniciativa maior do Google para ampliar sua presença no Brasil, foi projetado para desenvolver tecnologias de proteção digital voltadas a infraestruturas críticas, como redes de energia, telecomunicações e o setor financeiro.

O centro oferece suporte para pesquisa e desenvolvimento de soluções de segurança digital, utilizando inteligência artificial e criptografia avançada para enfrentar ameaças cibernéticas. Este laboratório é uma peça importante na estratégia global do Google para combater o aumento de ataques de ransomware e outras formas de cibercrime que têm como alvo empresas e governos.

Setores de energia e telecomunicações sob ataque

Infraestruturas críticas, como a rede de energia e telecomunicações, são frequentemente alvo de ataques cibernéticos. Um exemplo recente foi o apagão digital que atingiu concessionárias de energia em diversas regiões do Brasil, causado por um ataque a sistemas de atendimento digital. O incidente, que ocorreu em julho de 2024, comprometeu o acesso a serviços essenciais, como pagamento de contas e suporte ao cliente, levando a uma paralisação temporária.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que este foi o maior ataque a concessionárias de energia no Brasil até o momento, evidenciando a fragilidade das redes digitais que suportam o setor energético. Além disso, o Brasil vem sendo alvo frequente de ataques de ransomware, especialmente em setores como saúde e telecomunicações, forçando empresas a reforçarem suas medidas de segurança.

Desafios e investimentos no setor

Apesar dos avanços, o setor de cibersegurança ainda enfrenta desafios significativos. De acordo com o Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), a falta de orçamento para segurança digital resultou em uma queda de 25% nas vagas disponíveis no setor em 2024. Isso ocorre em um momento em que a demanda por profissionais de cibersegurança está em alta, impulsionada pelo aumento de ataques a infraestruturas críticas.

Ainda assim, grandes empresas, como a Eletrobras, têm investido em tecnologia de ponta para proteger suas redes. Recentemente, a empresa anunciou a implantação de sistemas avançados de monitoramento e inteligência artificial para identificar e mitigar possíveis ataques cibernéticos antes que causem danos generalizados. No setor privado, o Google e outras grandes empresas de tecnologia continuam a expandir seus esforços no Brasil, com foco em fortalecer a segurança digital.

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