Menos inteligente? Ter Covid pode levar à queda do QI, sugere estudo

A Covid-19 afeta a memória, a concentração e a capacidade de raciocínio das pessoas, sugerem pesquisadores do Imperial College London, do Reino Unido.

Em estudo publicado na revista The New England Journal of Medicine, eles afirmam que a infecção provocada pelo coronavírus provoca um impacto negativo na capacidade cognitiva das pessoas.

Segundo os pesquisadores, as infecções graves são as que mais reduzem o quociente de inteligência (QI), mas os casos de Covid leve também são prejudicias.

Teste de memória e raciocínio após Covid

Os cientistas analisaram dados de aproximadamente 112 mil voluntários. Os participantes foram separados de acordo com a complexidade do quadro e passaram por testes online que mediam suas capacidades cognitivas. Entre as áreas avaliadas estavam memória, raciocínio e planejamento.

Embora não se tratasse de testes de quociente de inteligência clássicos, os autores equipararam os resultados dos voluntários a medidas de QI.

Os resultados revelaram que as pessoas que precisaram ser internadas para tratar a infecção do coronavírus tiveram, em média, nove pontos a menos que as pessoas saudáveis.

Os indivíduos com Covid longa conseguiram, em média, seis pontos a menos e aqueles com infecção leve tiveram dois pontos a menos quando comparados aos que não foram infectados pelo coronavírus.


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Exames mais aprofundados mostraram impactos cognitivos duradouros mesmo em pessoas infectadas um ano ou mais antes do experimento.

O estudo liderado pelo professor Adam Hampshire mostrou que a cepa original do coronavírus foi associada a uma queda maior no QI. A Ômicron, por outro lado, teve um efeito mais brando. A vacinação teve um efeito protetor.

“O que nosso estudo mostra é que a névoa cerebral pode se correlacionar com déficits objetivamente mensuráveis ​​na memória real e no desempenho de tarefas executivas de uma pessoa”, afirmou Hampshire em comunicado à imprensa.

Embora os resultados mostrem uma tendência, os cientistas destacam que eles devem ser interpretados com cautela uma vez que o estudo não comparou as pessoas antes e depois da infecção.

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