Nunes critica greve de servidores que atuam no combate à dengue em SP

São Paulo – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou, nesta segunda-feira (18/3), os agentes de saúde que atuam no combate à dengue por aderirem à greve de servidores municipais de diversas categorias por maior reajuste salarial.

Na manhã desta segunda-feira (18/3), o prefeito decretou estado de emergência para a dengue na capital paulista e disse que pediu para o departamento jurídico consultar se a greve pode ser mantida em situação como a enfrentada atualmente pelo município.

“A gente chama concurso, põe carro [de nebulização], compra produto, compra drone, faz todas as ações e aí eles entram em greve. Num momento desse, o funcionário público, que obviamente tem todo o seu direito à greve e tem que pleitear os benefícios, tem que ter uma responsabilidade com a população. Nós estamos falando de uma situação grave. A dengue mata, né?”, disse o prefeito.

A demanda dos agentes de saúde é por um reajuste salarial de 16%, ante uma proposta de 2,16% da gestão Nunes. Segundo o prefeito, o valor apresentado aos servidores foi calculado com base na inflação, mas os servidores alegam que a oferta é injusta porque há um desconto de 14% nas aposentadorias.

Na sexta-feira (15/3), o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) divulgou uma carta aberta na qual reclamou das ações da administração paulistana.

“A curva de crescimento nos registros da doença vem desde o ano passado, mas não houve investimento no básico. A prefeitura não comprou telas para cobrir caixas d’água, nesses quatro anos deixou de fazer a manutenção de maquinários do fumacê e não fez concurso público para agentes de endemias, que são os responsáveis para prevenir doenças como dengue”, diz o texto.

A Prefeitura registrou 11 mortes por dengue, mas até o momento o painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde contabilizou oito mortos pela doença na capital. Até o sábado (16/3), foram confirmados 62.187 casos de dengue.

Sintomas da dengue

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:

  • Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
  • Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
  • Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
  • Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
  • Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
  • Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.


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Tratamento

O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:

  • Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
  • Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
  • Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
  • Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
  • Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.

Prevenção

Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.

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