Ônibus de deputado do PT é acusado de furtar energia de praça no ABC

São Paulo – A Guarda Civil Municipal (GCM) de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, foi acionada nesta segunda-feira (18/3) para apurar se um ônibus furtou energia elétrica de uma praça pública. O veículo pertence ao deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), pré-candidato à Prefeitura da cidade nas eleições deste ano.

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o Metrópoles teve acesso, um guarda municipal foi acionado às 11h40 desta segunda na praça Domingos Vanzella, no bairro do Jordanópolis. Ele afirmou que havia um cabo de energia elétrica, plugado a uma tomada, ligando a praça ao ônibus (veja no vídeo abaixo).

Ainda segundo o agente, a tomada já existia e o medidor de energia não constatou nenhuma violação no local. O caso será avaliado por uma perícia técnica.

O ônibus apresentava propagandas de Luiz Fernando e, de acordo com o condutor, era utilizado por uma ação social chamada “Desenrola São Bernardo”, associada ao “Desenrola Brasil”, programa do governo Lula (PT) de renegociação de dívidas.

Procurado pelo Metrópoles, o deputado afirmou, por meio de nota, que a acusação é “meramente eleitoreira e sem nenhum tipo de fundamento”. O uso da energia elétrica, segundo o pré-candidato petista, é frequente em “todos os eventos realizados naquele local”.

“Lamentamos que um projeto social e de utilidade pública seja desvirtuado por conta de uma eleição. Tomaremos as medidas judiciais cabíveis para desmentir informações caluniosas”, diz o texto.

Em nota, a gestão do prefeito Orlando Morando (PSDB) afirmou que a GCM “flagrou furto de energia” na manhã desta segunda-feira e que a infração “estava sendo praticada por um grupo de pessoas que trabalhava em um ônibus propagado e de propriedade do deputado Luiz Fernando Teixeira”.

Segundo a prefeitura, “os infratores foram qualificados” e “o local foi preservado pela Guarda Civil Municipal (GCM) para perícia”. “Os fatos registrados serão encaminhados para Procuradoria-Geral do Município para as medidas cabíveis”, conclui a nota.

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