Março Lilás: SMS alerta população sobre os cuidados preventivos com colo de útero

 

O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível que representa um sério risco para o desenvolvimento do câncer de colo do útero em mulheres e pessoas trans. Em Aracaju, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está intensificando a conscientização sobre a importância da prevenção, realização de exames e tratamento adequado contra essa doença. Através da campanha Março Lilás, a população é alertada sobre os cuidados necessários para proteger a saúde e prevenir complicações associadas ao HPV.

De acordo com a referência técnica do Programa Saúde da Mulher, Vanessa Simões, o exame citopatológico é o procedimento ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras do câncer de colo do útero.

“Disponibilizado em todas as 45 Unidades de Saúde da Família [USF], o exame citopatológico é realizado em pessoas com colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos, que já tiveram atividade sexual. Isso pode incluir homens trans e pessoas não binárias designadas mulheres ao nascer. A rotina recomendada para o rastreamento é a repetição do exame a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo de um ano”, destaca Vanessa.

Até a sexta-feira (22), além das USFs, que ofertam os serviços durante todo o ano, a SMS, em parceria com os shoppings Riomar e Jardins, também disponibiliza à população com idade entre 25 e 64 anos o exame citopatológico e, com a idade entre 50 e 69 anos, o exame clínico das mamas. Além dos testes rápidos de gravidez, HIV, sífilis e Hepatites B e C, aferição da pressão arterial e atualização do cartão vacinal para todas as pessoas a partir dos 5 anos de idade.

Acesso ao exame

Para a população na faixa etária recomendada pelo Ministério da Saúde, que é de 25 a 64 anos, é possível procurar a Unidade de referência mais próxima de casa e apresentar o documento de identificação, cartão SUS e comprovante de residência.

“O exame é um procedimento ginecológico imprescindível para o rastreamento de alterações no colo do útero, a exemplo de inflamações, HPV e câncer. É recomendado que, 48 horas antes do exame, a usuária evite o uso de duchas e medicamentos vaginais; o uso de anticoncepcionais locais e relações sexuais. A orientação, também, é que o exame seja realizado oito dias após o final do ciclo menstrual”, enfatiza Vanessa.

Acompanhamento e tratamento

A referência técnica ressalta ainda, que com a entrega do resultado é possível saber se a pessoa irá continuar o acompanhamento na própria unidade de saúde, com acesso a medicações, ou terá um encaminhamento para consultas com especialistas no Centro de Acolhimento e Atenção à Saúde da Mulher (Caasm).

Os casos mais complexos, com suspeita de câncer no colo do útero, são encaminhados ao Caasm, que fica localizado no Centro de Especialidades Médicas (Cemar – Siqueira Campos), para que os pacientes façam seus tratamentos, mantendo a contra referência com a Equipe de Saúde da Família.

“É realizada a investigação de suspeita do diagnóstico, com a solicitação de punção, biópsia e exame de imagem. Se o resultado da biopsia for negativo, o paciente é encaminhado para receber o acompanhamento terapêutico e outras orientações de mudança de estilo de vida. Já se o resultado da biopsia for positivo, o paciente é encaminhado para uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, onde será realizada a análise do câncer, avaliação do grau para definição de plano de tratamento, que pode incluir, além de medicações, quimioterapia, radioterapia, hemoterapia e cirurgia”, complementa Vanessa.

Fonte: AAN

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