Delação de Ronnie Lessa no caso Marielle Franco foi homologada, afirma ministro da Justiça

 

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou, nessa terça-feira (19), que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes, em 2018. O caso está em segredo de justiça.

Lewandowski disse que não teve acesso às declarações e que brevemente haverá a solução do assassinato da vereadora.

“Em breve teremos os resultados daquilo que foi apurado pela competentísisma PF, que em um ano chegou a resultados. Nós sabemos que essa colaboração é um meio de obtenção de provas e traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle. Este é, portanto, o momento processual que gostaríamos de tornar público”, disse.

Lewandowski disse ainda que o que contém no processo é de conhecimento do relator Alexandre de Moraes e de membros do Ministério Público que trabalharam nesse caso.

A vereadora e o motorista foram assassinados em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. O carro em que Marielle estava – e que era conduzido por Anderson – foi alvejado por 13 tiros no centro da cidade. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são acusados de matar a vereadora. Os motivos e os mandantes do crime permanecem desconhecidos.

Em fevereiro, o dono de ferro-velho Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, foi preso acusado de ajudar os assassinos a se desfazerem do carro usado no crime. Segundo as investigações, Orelha recebeu, fez o desmanche e descartou o veículo usado por Ronnie e Élcio.

Na semana passada, a investigação sobre a morte da vereadora e do motorista chegou ao STF devido ao suposto envolvimento de autoridade com foro privilegiado.

O caso segue em sigilo e sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. O foro privilegiado é concedido a certas autoridades públicas, permitindo que sejam julgadas por tribunais superiores ou instâncias específicas em casos criminais, em vez de serem julgadas pelas cortes comuns.

Fonte: R7

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