Review Alienware M16 R2 | Notebook gamer portátil e de alto desempenho

O Alienware M16 R2 é uma versão repaginada do notebook gamer que conquistou o Brasil em 2023 e fez da Alienware a Marca Mais Desejada de Laptop Gamer. Voltado para jogadores entusiastas que buscam alto desempenho, o M16 R2 passou por uma grande reformulação em 2024, ficando bem mais compacto que o modelo anterior.

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Aqui, ainda temos um notebook com tela de 16 polegadas com construção impecável e visual idêntico ao Alienware M16 que a gente já analisou. O grande diferencial está nas especificações técnicas: saem os processadores Intel Core de 13ª geração, entram os Intel Core Ultra de primeira geração, também conhecidos como Meteor Lake.

Menos “esquentadinha”, a nova plataforma permitiu que a Dell reduzisse as medidas do Alienware M16 R2, redimensionando o sistema de arrefecimento e removendo o bloco de resfriamento na região traseira. Mas e no dia a dia? Como essas mudanças afetam o desempenho do melhor notebook gamer da Dell atualmente no mercado?


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Prós

  • Design compacto, leve e portátil
  • Construção premium em alumínio
  • Desempenho sólido
  • Versatilidade de uso
  • Boa duração de bateria

Contras

  • Processador “mais fraco”
  • Tela com pouco brilho
  • Modo turbo muito barulhento

Design e construção

Visualmente, o Alienware M16 R2 segue as mesmas diretrizes do M16 original, com carcaça externa toda feita em alumínio. A escolha desse material confere elegância ao modelo da Dell, que exala a exclusividade de um produto premium.

Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)
Alienware M16 R2
Alienware M16 R2 (Jones Oliveira/Canaltech)

Internamente, a companhia foi mais comedida e adotou plástico emborrachado. Apesar de ainda pegar um pouco de marca de dedo depois de um certo tempo de uso, o material passa uma sensação gostosa e confortável mesmo após longas sessões de uso.

Apesar do visual idêntico, o Alienware M16 R2 traz um design totalmente renovado. O notebook gamer perdeu o deck traseiro que servia para resfriar os componentes internos e ficou substancialmente mais compacto e mais leve.

Ao todo, a estrutura do M16 R2 é 15% menor em relação ao modelo original. Em números absolutos, o notebook saiu de 36,5cm x 28,9cm x 2,36cm para 36,3cm x 24,9cm x 2,35cm. Com essas dimensões, o modelo da Alienware é o menor laptop gamer do Brasil equipado com RTX 4070, pesando apenas 2,35kg — 400g menos que a versão anterior.

Visual do Alienware M16 R2 segue a mesma linha do modelo anterior (Foto: Jones Oliveira/Canaltech)

Até mesmo a fonte de energia se beneficiou desse downsizing e ficou menor. Embora tenha 240W de potência ela pesa apenas 665g, menos da metade que a fonte do Alienware M16 original.

Na prática, por ser mais compacto e leve, o Alienware M16 R2 é um notebook relativamente tranquilo de se levar na mochila ou até mesmo a tira colo. Graças a isso, o modelo tem muito menos aquele jeitão de laptop gamer, que geralmente fica fixo em cima de uma mesa, e também pode ser usado como um notebook potente para trabalhar ou estudar on the go.

Especificações

A grande evolução do Alienware M16 R2 só foi possível graças à mudança de plataforma do notebook. O modelo original vinha equipado com processadores Intel de 13ª geração, notórios por consumir muita energia e exigir um sistema extremamente robusto de arrefecimento — motivo da existência daquela “cauda” para ajudar no resfriamento.

Agora, o Alienware M16 R2 vem em versões equipadas com CPUs Intel Core Ultra 7 155H e Core Ultra 9 185H. Conhecidos por contarem com mudanças significativas de arquitetura, esses processadores da família Meteor Lake consomem menos energia, são muito mais frios e, por isso, não demandam soluções de refrigeramento tão avantajadas. Prova disso é que a Dell conseguiu reduzir o número de ventoinhas de 4 para apenas 2 e removeu o famigerado bloco de resfriamento da parte traseira.

O projeto mais compacto, entretanto, fez a companhia tomar uma decisão difícil em termos de placa de vídeo. Apesar de no Brasil só termos vistos versões do Alienware M16 equipadas com RTX 4060 e 4070, no mercado internacional o notebook também estava disponível com RTX 4080 e a poderosíssima RTX 4090.

Para conseguir oferecer o M16 R2 nesse formato reduzido, mais portátil, a Dell tirou as RTX 4080 e RTX 4090 da linha e essa geração só vai até a RTX 4070.

Construção do Alienware M16 R2 exala exclusividade, com tampa e corpo feitos em alumínio na parte externa (Foto: Jones Oliveira/Canaltech)

Apesar do corte, o Alienware M16 R2 tem uma ficha técnica de respeito, com combinações balanceadas e que oferecem alto rendimento a entusiastas e jogadores exigentes.

Ficha técnica do Alienware M16 R2 analisado

  • Processador: Intel Core Ultra 9 185H
  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce RTX 4070 8 GB GDDR6
  • Memória RAM: 32 GB DDR5-5600 (2×16 GB) expansível até 64 GB
  • Armazenamento: SSD de 1TB PCIe NVMe M.2
  • Tela: IPS QHD+ de 16 polegadas (2.560 x 1.600 pixels) 16:10 com 240Hz, 3ms, 100% sRGB e NVIDIA G-SYNC
  • Conectividade sem fio: Wi-Fi 7 e Bluetooth 5.4
  • Teclado: ABNT 2 retroiluminado por AlienFX LED RGB por tecla
  • Câmera: FHD RGB com infravermelho e 30 FPS
  • Áudio: 2x2W estéreo
  • Bateria: 90 Whr e 6 células
  • Fonte: 240W bivolt
  • Cor: Dark Metallic Moon – Grafite

Teclado e touchpad

O teclado do Alienware M16 R2 segue o mesmo padrão da versão anterior, com layout ABNT2, sem teclado numérico e teclas multimídia posicionadas na lateral direita.

As teclas têm tamanho padrão, com perfil alto e resistência de acionamento maior que a média dos teclados chiclete de notebooks padrão. O digitar é mais “durinho” e firme, proporcionando uma boa experiência durante o trabalho e um ótimo feedback na hora de jogar.

O teclado também se aproveitou das mudanças de design promovidas pela Dell no Alienware M16 R2. Com a faixa de entradas de ar mais estreita na região superior, ele está posicionado mais acima e próximo da tela. Isso ampliou o espaço para repousar os punhos na hora de digitar, proporcionando mais conforto e menos toques acidentais no touchpad.

Design reformulado do Alienware M16 R2 mudou posição do teclado e deu mais espaço para descanso dos punhos (Foto: Jones Oliveira/Canaltech)

Falando em touchpad, ele está ligeiramente maior (80,5cm²) graças ao espaço extra na região. O acabamento segue igual ao do modelo original, proporiconando deslizamento muito suave, cliques leves e uma boa experiência de uso quando é necessário acionar o componente.

O grande diferencial aqui é a adição de bordas iluminadas por RGB — um verdadeiro desbunde para os amantes da personalização a esse nível.

Conectividade

Apesar da remoção do bloco de resfriamento na parte traseira, o Alienware M16 R2 ainda traz conexões na região, facilitando a organização da mesa e o cable management.

Estão na parte de trás:

  • 1x USB-C 3.2 Gen 2 Thunderbolt 4 com Power Delivery de 15 W e DisplayPort 1.4 para iGPU
  • 1x USB-C 3.2 Gen 2 com DisplayPort 1.4 para dGPU
  • 1x HDMI 2.1 para dGPU
  • Porta de energia

A adição dessa porta USB-C compatível com Power Delivery de 15 W é mais um indicativo de que o Alienware M16 R2 foi projetado para ser também um notebook do dia a dia, usado em movimento. Graças a ela, o usuário pode dispensar a fonte de energia que vem na caixa e andar por aí até mesmo com um carregador de celular para fazer uma pequena recarga, suficiente para dar ao notebook fôlego extra para chegar ao fim do dia.

Alienware M16 R2 manteve portas traseiras, que ajudam na organização dos cabos (Foto: Jones Oliveira/Canaltech)

Na lateral direita do Alienware M16 R2, temos as seguintes conexões

  • 1x slot para cartão microSD
  • 1x USB-A 3.2 Gen 1
  • 1x USB-A 3.2 Gen 1 com PowerShare

A adição do slot para cartão microSD é um revés em relação ao slot para cartão SD do Alienware M16 original. Muito mais difundido, o formato atende tanto cartões originais quanto microSD em adaptadores SD, satisfazendo um leque muito maior de usuários.

Já na lateral esquerda, as portas são as seguintes:

  • 1x Ethernet RJ45 de 2,5 GB
  • 1x entrada para headset

Em matéria de conectividade sem fio, o Alienware M16 R2 traz o que há de melhor com o adaptador Intel BE 202 2×2. Graças a ele, o notebook está pronto para conexões wireless Wi-Fi 7, que têm recursos muito mais avançados em relação ao Wi-Fi 6, e o mais recente Bluetooth 5.4.

Tela

A Dell sempre utiliza boas telas em seus notebooks, mesmo nos de entrada. E no Alienware M16 R2, modelo premium topo de linha da marca, isso não poderia ser diferente.

O notebook gamer vem com um display IPS de 16 polegadas no formato 16:10 com resolução QHD+. Associadas à taxa de atualização de 240Hz e tempo de resposta de 3ms, essas características fazem da tela do M16 R2 uma das melhores para consumir mídia, trabalhar e jogar. As cores são vívidas e saltam aos olhos, enquanto o contraste proporciona grande imersão.

Além disso, a tela é compatível com NVIDIA G-SYNC e Advanced Optimus, dupla de recursos que garante a menor latência possível e o máximo de economia de bateria, selecionando automaticamente qual placa de vídeo gera a imagem.

Aqui, a única ressalva é o brilho máximo de 350 nits, que pode prejudicar a experiência do usuário com o Alienware M16 R2 em ambientes muito iluminados. O valor está abaixo ao da maioria dos notebooks gamer do mercado, que geralmente contam com telas com 500 nits.

Tela IPS de 16 polegadas e resolução QHD+ é um dos pontos fortes do Alienware M16 R2 (Foto: Jones Oliveira/Canaltech)

Mesmo assim, a experiência geral com a tela do Alienware M16 R2 é extremamente satisfatória. Ela atende bem tanto jogadores casuais quanto competitivos e está alinhada com a proposta de alto desempenho do notebook equipado com RTX 4070.

Profissionais que trabalham com atividades que exigem alta precisão e fidelidade de cores também são muito bem atendidos por essa tela, que faz do Alienware M16 R2 uma boa opção de laptop também para criadores de conteúdo, artistas 3D e profissionais do audiovisual.

Ficha técnica da tela do Alienware M16 R2

  • Tamanho: 16 polegadas
  • Formato: 16:10
  • Resolução: QHD+ (2.560 x 1.600)
  • Taxa de atualização: 240Hz
  • Densidade de pixels: 188 PPI
  • Painel: IPS
  • Brilho: 350 nits
  • Contraste: 1.300 : 1
  • Sensível ao toque: Não
  • Proporção em relação ao corpo: 82%
  • Recursos extras: NVIDIA G-SYNC, Dolby Vision, Dynamic Display Switching e cobertura de 100% sRGB

Modos de operação

A Dell falou bastante sobre os modos de operação do Alienware M16 R2 nos briefings de anúncio do notebook. Graças à nova plataforma de processadores e ao design renovado, a companhia pôde delinear muito bem três perfis de uso.

O primeiro deles é o Modo Stealth, indicado para quem busca discrição e o máximo de conforto acústico. Com esse modo ativado, o Alienware desliga toda sua iluminação RGB, ajusta o perfil energético para garantir o máximo de economia possível e reduz a rotação das ventoinhas. Assim, o usuário maximiza o tempo de bateria do notebook e trabalha ou joga com o máximo de silêncio.

O Modo Desempenho é o tradicional e mais indicado para jogos, com CPU e GPU operando em seus clocks padrão para entregar desempenho geral extremamente satisfatório, com boas taxas de FPS. Aqui o nível de ruído das ventoinhas ainda é baixo e a temperatura de operação é bastante aceitável.

O Modo Turbo libera todo o potencial do Alienware M16 R2, fazendo CPU e GPU operarem em overclock e consumindo o máximo de energia. O consumo da bateria é expressivo e o nível de ruído sobe ao extremo, com a rotação das ventoinhas no máximo o tempo todo. Nesse modo, o notebook da Dell mostra todo o seu poder de fogo, rodando jogos e aplicações com o máximo de desempenho às custas de uma experiência bastante barulhenta.

Bateria e temperatura

Bateria de notebook gamer é sempre um assunto muito delicado. Normalmente o que vemos são produtos com boas baterias, que forneceriam boa autonomia para qualquer laptop, mas que perdem fôlego ao segurar processadores e placas de vídeo beberrões usados em modelos para jogos.

No Alienware M16 R2 vemos uma melhora significativa nesse aspecto. O notebook da Dell vem com bateria de 90 Whr, uma das maiores do mercado, e conta com gerenciamento de energia auxiliado por inteligência artificial.

Apesar de mais estreita, faixa de saídas de ar junto à tela é suficiente para manter o Alienware M16 R2 trabalhando frio (Foto: Jones Oliveira)

Com o auxílio do UL Procyon, executei testes que simulam rotinas de escritório e uso de programas do dia a dia, como o pacote Office e navegação na internet. Todas as medições foram feitas com a tela do notebook em 50%, plano de energia padrão, Wi-Fi ligado e iluminação do teclado desligada.

Com o vídeo gerado pela iGPU, o Alienware M16 R2 ficou 6h13 longe da tomada — tempo equiparável ao de notebooks comuns, focados em produtividade. Com o vídeo gerado pela GeForce RTX 4070, esse desempenho despencou para 3h07.

Esse resultado é cerca de 20% superior ao do Alienware M16 e uma amostra prática de como as mudanças de arquitetura dos processadores Intel Core Ultra impactam positivamente no consumo de energia do notebook.

Isso ficou mais evidente quando analisei as temperaturas de operação do Intel Core Ultra 9 185H em carga total. Embora tenha limite térmico de 110° C, o processador atingiu picos de apenas 89° C rodando o teste de estresse do 3DMark Time Spy Extreme no Modo Desempenho.

Esse valor sobe quando o notebook está com o Modo Turbo ativado, ultrapassando os 100° C e marcando picos de 103° C.

Apesar de o valor assustar um pouco, ainda fornece uma folga em relação ao T-Junction da família Meteor Lake de CPUs, não incorrendo nem em thermal throttling. Esse comportamento é bem diferente do que os testes com o Alienware M16 original mostraram, com o Core i9-13900HX não só batendo o limite térmico de 100 graus como reduzindo seu clock para poder se resfriar.

No fim das contas, o Alienware M16 R2 é um notebook muito mais eficiente. Ele não só tem mais autonomia de bateria, como também opera com folga térmica e faz isso com um sistema de resfriamento mais simples. São apenas 2 ventoinhas e 4 dissipadores de cobre auxiliando no arrefecimento da CPU e da GPU.

Ou seja: o Alienware M16 R2 não só é menor, como também é mais econômico e mais frio que seu antecessor. Mas quais as implicações disso em termos de desempenho?

Benchmarks

Chegou a hora de colocar o Alienware M16 R2 à prova. Submeti o notebook gamer da Dell a uma bateria completa de testes, que englobam desde produtividade e criação de conteúdo, até uso profissional e performance em games.

Após longas sessões de benchmark, o desempenho do Alienware M16 R2 foi surpreendente e curioso.

Produtividade

Um dos motivos de a Dell ter feito o Alienware M16 R2 mais compacto foi para apresentá-lo como um notebook potente e portátil para uso diário. E ele de fato se sai muito bem nas tarefas do dia a dia, como pude constatar em quase duas semanas de uso para trabalhar no Canaltech.

A ficha técnica coerente do Alienware M16 R2 se traduz em um notebook que aguenta bem atividades de escritório que envolvem edição de textos e planilhas complexas, videoconferências longas, compactação e descompactação de arquivos, retoques de imagens e outras tarefas da rotina de um dia de trabalho. Nos 15 dias que utilizei o notebook para trabalhar, não passei nenhuma raiva por conta de travamentos e/ou lentidão para abrir e trabalhar com programas, mesmo os mais pesados.

Para quantificar isso, rodei a suíte de testes Office Productivity do Procyon, que simula rotinas de escritório com o Microsoft Office, abrindo e manipulando dezenas de documentos de texto, planilhas e apresentações em slides.

Também utilizei o GeekBench 6 para simular outras situações cotidiano, num compilado de testes que envolvem compressão de arquivos, renderização e edição de documentos em PDF, navegação na internet, edição de imagens e afins.

Curiosamente, o Alienware M16 R2 apresentou resultados ligeiramente inferiores aos do Alienware M16 original. Em números relativos, a diferença foi de até 17%, o que é imperceptível para a grande maioria do público.

Apesar disso, é importante explicar que o culpado por isso é o Core Ultra 9 185H, um processador “mais fraco” por contar com menos núcleos e menos threads que o Core i9-13900HX do modelo anterior. Na nova versão, a CPU do Alienware M16 R2 vem com 16 núcleos e 22 threads contra 24 núcleos e 32 threads do M16 original, que causam impacto direto em atividades de produtividade envolvendo aplicações de escritório.

Criação de conteúdo

O número menor de cores e threads do Core Ultra 9 185H não é fator determinante para o desempenho do Alienware M16 R2 em edição de imagens. Com o auxílio do UL Procyon, o teste com o Adobe Photoshop evidenciou que grandes edições de fotos, categorização automática e pequenos ajustes tiram muito mais proveito do equilíbrio térmico e bom trabalho conjunto entre o processador Meteor Lake e a placa de vídeo GeForce RTX 4070.

Sabendo que o benchmark de edição de vídeos é muito mais exigente e demanda mais poder de processamento, minha expectativa era por uma grande desvantagem em relação ao Alienware M16 original. Surpreendentemente, o M16 R2 entregou a mesma performance, mesmo com menos núcleos e menos threads — numa demonstração real de como a eficiência energética e térmica do Core Ultra 9 185H em combinação com a RTX 4070 podem ser bem aproveitadas no M16 R2.

Profissional

O formato mais portátil, o visual que pode ser personalizado para priorizar a discrição e o alto desempenho também fazem do Alienware M16 R2 um notebook ideal para uso profissional. Por isso, eu executei quatro testes complexos para demonstrar como ele se sai em áreas como animação 3D, renderização de imagens e cenas, criação de projetos fotorrealistas e áreas industriais, de engenharia etc.

Essa bateria de benchmarks confirmou de uma vez por todas que aplicações mais dependentes de alta contagem de núcleos e threads apresentam performance inferior no Alienware M16 R2, embora a diferença não seja tão grande como nas tarefas de escritório.

O caso mais evidente foi o do Cinebench, que se beneficia de altas frequências e do maior número de threads para dar vida a cenas tridimensionais complexas. Nesse cenário, o Alienware M16 R2 registrou até 400 pontos a menos que o modelo original.

Todos os outros testes ficaram dentro de uma margem de empate técnico, demonstrando não só como o Core Ultra 9 185H e a RTX 4070 trabalham bem juntas, mas também como o processador da Intel se destaca por sua eficiência e por entregar desempenho equivalente mesmo com menos núcleos, menos threads e menos consumo de energia.

No caso dos benchmarks envolvendo aplicações industriais feitos pelo SPECviewperf, o novo notebook da Dell foi até melhor que o modelo anterior, ficando à frente em todos os 4 testes que compõem a avaliação.

Games

É inegável que, apesar de se sair bem em outras atividades, o Alienware M16 R2 é um notebook projetado para os games. Equipado com a GeForce RTX 4070 e tela QHD+ com taxa de atualização de 240Hz, esse laptop consegue rodar títulos recentes a altas taxas de FPS.

Para avaliar se a Dell de fato conseguiu cumprir essa proposta, eu rodei 10 jogos em Full HD com o objetivo de levar o processador Core Ultra 9 185H ao limite. Depois, esses mesmos títulos foram executados em resolução QHD, para sobrecarregar a GeForce RTX 4070 e ver sua performance em qualidade máxima.

Todos os games foram testados em suas configurações mínimas e máximas, e em QHD também testei a tecnologia de upscaling da NVIDIA, o DLSS, para extrair o máximo de performance possível do Alienware M16 R2.

Full HD

Em Full HD, o Alienware M16 R2 entrega uma experiência consistente e acima dos 60 FPS em 90% dos jogos avaliados em qualidade máxima. Até mesmo Alan Wake 2, conhecido por ser um dos jogos mais exigentes da atualidade, se manteve acima dos 60 FPS em 1080p com as configurações no máximo.

A única exceção fica por conta de Metro Exodus, que fica ligeiramente abaixo do ideal, rodando a 58 FPS.

Jogos que exigem mais poder de processamento, como o RTS Ashes of the Singularity, apresentaram performance abaixo do registrado pelo Alienware M16 original. O mesmo aconteceu com Red Dead Redemption 2.

Embora haja um caso e outro em que o novo Alienware M16 R2 apresenta falta de fôlego, a diferença de desempenho é muito pequena, imperceptível. E, para falar a verdade, no geral o notebook apresenta o mesmo desempenho médio geral do seu antecessor: são 123,2 FPS de média em todos os jogos testados em FHD contra 123,6 FPS do modelo original.

QHD

O Alienware M16 R2 apresenta desempenho excelente em jogos rodando em QHD. 50% dos títulos que eu utilizei nos testes rodam pelo menos a 60 FPS com qualidade máxima em 1440p. Apenas Alan Wake 2 e Metro Exodus castigam o notebook mais severamente, trazendo a taxa média de FPS para perto dos 30 FPS.

Esses números foram obtidos rodando os jogos sem qualquer técnica de upscaling e impressionam por mostrarem que há bastante folga para ajustes finos caso o usuário queira buscar os 240 FPS e desfrutar de toda a fluidez da tela de 16 polegadas do laptop.

No geral, o Alienware M16 R2 registrou uma média de 105 FPS em QHD, ficando ligeiramente acima da performance média registrada durante os testes com a versão original: 100 FPS.

O novo modelo ganhou mais fôlego quando ativei as técnicas de upscaling nos jogos rodando em QHD. Nesses testes, os 10 títulos rodaram com suas configurações mínimas e máximas e apresentaram salto de desempenho de até 71%.

No comparativo com o Alienware M16 original, a média do M16 R2 foi de 128 FPS contra 107 FPS — salto de 17%.

Concorrentes diretos

Com as especificações que eu testei, o Alienware M16 R2 está à venda no Brasil por R$ 16 mil — quase R$ 1 mil a menos que o modelo original em sua estreia no país. Naturalmente, ele concorre com outros notebooks que vêm com equipados com GeForce RTX 4070.

É o caso do Avell Storm 470. Embora venha com a mesma GPU, o notebook tem como diferencial o processador Intel Core i9-14900HX de 24 núcleos e 32 threads. Por isso, o notebook da marca brasileira desponta como uma boa opção para quem quer focar mais em produtividade e menos em games, custando a partir de R$ 13 mil. Seu principal ponto negativo é a bateria de apenas 60 Whr.

Outra marca brasileira que apresenta um bom concorrente para o Alienware M16 R2 é a NAVE com o SuperNova, que custa a partir de R$ 14.590. Também equipado com Core i9-14900HX, o notebook é ligeiramente maior que o modelo da Dell e tem bateria de 80 Whr, ficando no meio-termo. Seu principal revés é o armazenamento de 512 GB e construção majoritariamente em plástico.

O Galaxy Book4 Ultra é mais um concorrente de peso do Alienware M16 R2. Seu principal destaque é a tela AMOLED sensível ao toque com cores mais vivas e contraste acima da média, mas com taxa de atualização de apenas 120Hz. Equipado com CPUs Intel Core Ultra, o notebook da Samsung tem dimensões menores que as do modelo da Dell. O problema é que, para oferecer isso, a marca sul-coreana limitou o desempenho do aparelho, que é vendido por a partir de R$ 12.150 como um laptop para artistas e criadores e não necessariamente gamers.

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Vale a pena comprar o Alienware M16 R2?

O Alienware M16 R2 é o melhor notebook da Dell à venda no Brasil. Seu visual e construção seguem arrebatadores, dos melhores que eu já vi em um laptop da categoria.

A mudança da plataforma para os processadores Intel Core Ultra da família Meteor Lake resolveu todos os problemas do modelo original: o Alienware M16 R2 é menor, mais leve, mais portátil, mais econômico e mais frio que seu antecessor. Graças a isso, ele se apresenta como um ótimo notebook para gamers, profissionais, artistas e estudantes.

Alienware M16 R2 é notebook gamer poderoso para quem preza por dimensões compactas e portabilidade (Foto: Jones Oliveira/Canaltech)

Infelizmente, essa reformulação não se traduziu em ganhos expressivos de desempenho. Os testes que fiz com o Alienware M16 R2 mostraram que ele entrega a mesmíssima performance que o M16 original, com o diferencial de ser mais eficiente e menos quente. E é esse o grande trunfo desse notebook.

Assim, o Alienware M16 R2 é ideal quem busca por um notebook robusto, com acabamento premium e alta performance, mas não abre mão da portabilidade, seja para jogar, para trabalhar ou estudar.

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