Greve no setor de transportes cancela 18 voos entre Argentina e GRU

São Paulo — Dezenas de voos entre o Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU), em São Paulo, e a Argentina foram cancelados e remarcados nesta quarta-feira (30/10) devido a uma greve no setor de transportes que está acontecendo no país.

A GRU Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, informou que oito voos com destino à Argentina das companhias GOL, Turkish Airlines, Ethiopian e Aerolíneas Argentinas foram cancelados. A Latam confirmou o cancelamento de 10 voos.

Segundo a assessoria do aeroporto, os terminais seguem funcionando com normalidade, mesmo com os cancelamentos das viagens.

A Latam informou que, diante da notificação de adesão total à greve, foi forçada a cancelar e reagendar sua operação para esta quarta-feira. Ao todo, 10 voos foram cancelados (confira a lista completa abaixo) e 3 estão sendo reagendadas, sendo solicitadas às autoridades governamentais. As mudanças de data/voo serão feitas sem custo adicional.

Já a GOL cancelou todos os voos de/para os aeroportos da Argentina, nas cidades de Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário, onde a companhia opera. Segundo eles, os clientes terão seus voos remarcados para outras datas, sem custo adicional.

Voos cancelados da Latam

  • LA8032 | GRU – Aeroparque (06:40)
  • LA8019 | GRU – Mendoza (07:55)
  • LA8140 | GRU – Aeroparque (08:55)
  • LA8142 | GRU – Aeroparque (11:00)
  • LA8034 | GRU – Aeroparque (13:55)
  • LA8139 | Aeroparque – GRU (10:35)
  • LA8020 | Mendoza – GRU (12:50)
  • LA8033 | Aeroparque – GRU (12:55)
  • LA8143 | Aeroparque – GRU (14:55)
  • LA8035 | Aeroparque – GRU (18:30)

Voos da Latam aguardando reagendamento

  • LA8138 | GRU – Aeroparque (31/10 – 01h)
  • LA8136 | GRU – Ezeiza (30/10 – 22:25)
  • LA8141 | Aeroparque – GRU (31/10 – 01h55)

Greve na Argentina

Após medidas econômicas anunciadas pelo governo de Javier Milei, na Argentina, trabalhadores convocaram uma greve nacional de transportes que deve impactar os voos comerciais e de carga no país, nesta quarta-feira (30/10).

A convocação para a paralisação dos transportes se coloca contra os ajustes do governo que incluem o aumento das tarifas após a retirada de subsídios e o projeto de privatização da Aerolíneas Argentinas. Além do setor aéreo, a paralisação interrompe os serviços de trens, metrôs, caminhões, motos, táxis e de transporte marítimo.

O decreto de que a Aerolíneas Argentinas foi classificada como “sujeita à privatização” foi publicado no início deste mês. Nele, a gestão Milei ressalta que a Aerolíneas foi reestatizada há 16 anos e que, “apesar das boas intenções” com a medida, “os objetivos propostos não foram alcançados”.

No entanto, o governo de Milei estava em conflito com os trabalhadores da companhia aérea. Em setembro, eles entraram em greve, pedindo aumentos salariais como forma de compensar a deterioração da renda no país, que está com a inflação anual na casa de 236%.

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