PEC da Segurança Pública: entenda proposta de Lula que aumenta poder da PF e da PRF nos estados

Governadores de diferentes estados do Brasil se reúnem, hoje, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir o projeto que vem sendo chamado de “PEC da Segurança Pública”. A Proposta de Emenda à Constituição, elaborada pelo Ministério da Justiça, pretende ampliar a atuação federal na segurança dos estados.

PEC da Segurança Pública quer ampliar atuação da segurança federal em estados brasileiros - Foto: PF/ Divulgação/ ND

“PEC da Segurança Pública” quer ampliar atuação da segurança federal em estados brasileiros – Foto: PF/ Divulgação/ ND

O encontro, que acontece no Palácio do Planalto, em Brasília, não contará com a presença do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que cumprirá agendas no estado ao longo do dia. À tarde, anuncia a expansão da estrutura física do Cepon (Centro de Pesquisas Oncológicas), que comemora 50 anos, em Florianópolis.

Logo após, Jorginho Mello (PL/ SC) viaja para Chapecó, no oeste catarinense, onde assina a suplementação do Termo de Cooperação Udesc-Fapesc e a celebração das propostas aprovadas no edital de chamada pública da Fapesc.

O que promete a PEC da Segurança Pública?

Segundo o R7, o governo Lula quer estabelecer um modelo de polícia ostensiva, com atuação em todo o país. Nesse sentido, a PEC da Segurança Pública pretende ampliar a competência da Polícia Federal, sobretudo em ações contra milícias, crimes ambientais e narcotráfico.

Além disso, a proposta também quer alargar as atividades feitas pela Polícia Rodoviária Federal, com fiscalização em rodovias, hidrovias e ferrovias, por exemplo. No dia 17 de outubro, Lula afirmou que deve enviar a PEC ao Congresso Nacional até o fim deste ano.

Como justificativa, Lula afirma que a competência da União, na área da segurança, limita-se ao repasse de recursos para estados e municípios, e defendeu uma coordenação nacional no segmento. A declaração foi dada durante entrevista a uma rádio de Salvador (BA).

“Qual o papel de cada um nisso? Os estados não abrem mão do controle da polícia, e a Polícia Federal não pode entrar nisso, só quando o estado pede. Então a nossa contribuição termina sendo a de repassar dinheiro, e nós não queremos isso”, disse Lula.

Atualmente, o policiamento ostensivo é de responsabilidade da polícia militar de cada estado

Atualmente, o policiamento ostensivo é de responsabilidade da polícia militar de cada estado – Foto: Marcos Lewe/ NDTV

Combate à criminalidade nos estados

Além da PEC da Segurança Pública, o encontro com os governadores servirá para buscar alternativas aos crimes que acontecem em todo o país. Recentemente, Lula criticou a liberação de arma para a sociedade civil, depois que Édson Fernando Crippa, de 45 anos, manteve a família em cárcere privado por mais de 10 horas, trocou tiros com a polícia e matou o pai, o irmão e o policial militar Everton Kirsch Júnior.

“O trágico episódio ocorreu após denúncias de maus-tratos contra um casal de idosos na casa do atirador, que possuía quatro armas registradas em seu nome. Isso não pode ser normalizado: a distribuição indiscriminada de armamentos na sociedade, com grande parte deles caindo nas mãos do crime, é inaceitável”, escreveu Lula. O atirador morreu no atentado.

Na quinta-feira (24), uma operação da Polícia Militar do Rio de Janeiro, no Complexo de Israel, terminou com três inocentes mrtos e outras três pessoas feridas. A ação resultou apenas na prisão de um suspeito. Centenas de motoristas e passageiros ficaram em meio ao fogo cruzado e precisaram se abrigar nas muretas que dividem as pistas da Avenida Brasil. A via expressa precisou ser interditada por cerca de duas horas.

Ônibus de organizada do Cruzeiro foi incendiado por torcedores do Palmeiras

Ônibus de organizada do Cruzeiro foi incendiado por torcedores do Palmeiras – Foto: Redes Sociais/Reprodução/ND

Um confronto entre torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro na rodovia Fernão Dias, na Grande São Paulo, no domingo (27), terminou com a morte de uma pessoa e deixou outras 12 feridas. Na ocasião, a torcida do Cruzeiro estava a caminho de Minas Gerais após o jogo contra o Athletico Paranaense em Curitiba (PR).

Durante a viagem, os ônibus foram parados por membros de uma torcida organizada do Palmeiras. Fogos de artifício foram lançados sobre os veículos, que incendiaram o ônibus usado por uma das torcidas organizadas.

*Com informações do R7.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.