Radiologistas processam médica que disse não existir câncer de mama

A médica Lana Tiani Almeida da Silva, que afirmou em um vídeo nas redes sociais que o câncer de mama não existia, está sendo processada pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). A instituição entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, localizado no estado onde a médica possui registro.

“Sou a doutora Lana Almeida, médica integrativa, especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas. Por isso venho falar para vocês que câncer de mama não existe. Então esqueçam Outubro Rosa. Esqueçam mamografia”, disse ela.

A postagem mentirosa de Lana Almeida viralizou ao lado de um vídeo do médico Lucas Ferreira Mattos, de São Paulo, que sugeriu que a causa dos tumores na mama são justamente as mamografias preventivas que as mulheres realizam periodicamente a partir dos 40 anos para fazer o rastreio precoce da doença.

Ambos foram denunciados pelos conselhos regionais de medicina e já estavam respondendo administrativamente pelas mentiras que propagaram a seus seguidores nas redes sociais. A ação do CBR, porém, também leva a possíveis punições à esfera criminal.

“O acesso da mulher ao exame de mamografia pode salvar vidas”, afirma o texto da associação, divulgado nesta quinta-feira (31/10). “A mamografia é um exame seguro e eficaz, que deve ser realizado segundo protocolos das maiores entidades médicas do mundo e sob a supervisão de médicos, sobretudo os especialistas em radiologia e diagnóstico por imagem”, completa o texto.

Mamografia salva vidas

Os exames de mamografia são capazes de identificar o câncer de mama em estágio inicial, aumentam as chances de cura caso a paciente recebe a assistência adequada.

Além do posicionamento do CBR, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) também publicou uma nota de esclarecimento à sociedade. nesta quinta-feira, ressaltando a importância da mamografia.

“A partir dos 40 anos, toda mulher deve realizar mamografia anualmente; A recomendação é realizar a mamografia anualmente até os 75 anos. Em caso de alterações clínicas, em qualquer idade, a mulher deverá procurar o médico e fazer os exames solicitados”, defenderam.

Suposto tratamento com hormônios é fake news

Em outro comunicado, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) destacou que a forma de atuação dos médicos que espalham mentiras segue uma mesma fórmula. Fazem uma afirmação forte para chamar a atenção, como “esqueçam a mamografia”, para em seguida oferecer um produto que não tem eficácia cientificamente comprovada.

No caso de Lana, a médica sugeriu que tratamentos hormonais poderiam curar os tumores com maior eficácia. Segundo a SBM, esse “tratamento alternativo” pode levar inclusive ao crescimento das células cancerígenas pois muitos tipos de tumor se “alimentam” justamente de hormônios sexuais femininos.

“Infelizmente, somos obrigados a perder tempo e energia para desmentir tais absurdos. O câncer de mama é a principal neoplasia maligna entre as mulheres brasileiras, sendo responsável por mais de 70 mil novos casos ao ano em nosso país. Menosprezar esta doença é um desrespeito às milhares de vítimas e suas famílias, além de poder causar tratamentos inadequados em mulheres que acabaram de descobrir a doença”, completa a SBM.

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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico

Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens

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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico

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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos

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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira

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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas

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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada

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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios

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A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito

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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido

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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas

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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença

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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes

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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade

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É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico

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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica

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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente

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