Robinho vai deixar mansão no Guarujá para cumprir pena na prisão; veja

São Paulo — Condenado a 9 anos de prisão na Itália por estupro, o ex-jogador Robinho deixará a mansão em que vive com a família no Guarujá, litoral paulista, para cumprir pena na penitenciária após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar a sentença da Justiça italiana nessa quarta-feira (20/3).


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A mansão fica no condomínio de luxo Acapulco e é avaliada em cerca R$ 10 milhões.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela homologação da sentença da Justiça da Itália para que o ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, cumpra pena no Brasil. Além disso, o cumprimento da sentença de 9 anos deve ser imediato, em regime fechado. Com a decisão, o ex-atleta pode ser preso já nos próximos dias pela Justiça Federal de Santos, em São Paulo.

Robinho foi condenado pelas autoridades italianas pelo crime de estupro coletivo. O caso ocorreu em 2013, em uma boate de Milão. À época, o jogador defendia o Milan. A primeira condenação do ex-jogador foi em 2017, ele recorreu, mas o caso tramitou em julgado em 2022.


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Votaram pela prisão imediata de Robinho os ministros Francisco Falcão, relator do caso no STJ, Humberto Martins, Herman Benjamin, Luis Felipe Salomão, Benedito Gonçalves e Ricardo Villas Bôas Cueva. Como 12 ministros estavam presentes na sessão da Corte Especial do STJ, esse número formou maioria.

A Justiça da Itália chegou a pedir a extradição do ex-jogador, no entanto, a Constituição do Brasil não autoriza a extradição de brasileiros natos, como é o caso de Robinho.

Com a decisão do STJ, o ex-atleta deverá ser preso em regime inicial fechado em uma cadeia brasileira.

O advogado de Robinho, José Eduardo Alckmin, afirmou que vai entrar com Habeas Corpus para tentar impedir a prisão, que deve ser imediata, segundo determinou a Corte. Disse ainda que vai recorrer ao STJ e ao STF contra a homologação da sentença italiana.

O caso Robinho

O crime ocorreu em 2013, na boate Sio Caffé, em Milão, na Itália, à época em que o jogador atuava pelo Milan. Além dele, outros quatro brasileiros foram acusados de estuprar uma mulher de origem albanesa.

Robinho foi condenado em 2017 pelo crime. Ele acabou recorrendo da decisão, mas foi condenado em todas as instâncias. Em 2022, a Justiça da Itália julgou o brasileiro na terceira e última instância, impossibilitando qualquer outro tipo de recurso para ele.

A Itália solicitou a extradição do ex-jogador ao Brasil, para cumprir a pena no país. O pedido foi negado, uma vez que a Justiça Brasileira impede a extradição de seus cidadãos para o cumprimento de pena, mas agora ele pode cumprir no sistema penitenciário brasileiro.

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