“O candidato sou eu”, afirma Bolsonaro sobre disputar a Presidência da República em 2026

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ser o único candidato com chances reais de vencer a disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas próximas eleições presidenciais. Afirmou que pretende concorrer em 2026.

“Falam em vários nomes para disputar 2026, mas, com todo o respeito, chance só tenho eu. O resto não tem nome nacional”, afirmou à Revista VEJA.

Entre os candidatos cotados que o ex-presidente citou “não ter nome nacional” estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Acrescentou que Tarcísio “é um baita gestor”, mas que ele só indica um nome para apoiar em 2026 “depois de enterrado”.

“Se Deus me der essa oportunidade de disputar as eleições, debato com qualquer um. O governo Lula está destruindo o legado que eu deixei”, afirmou Bolsonaro.

“Estou preparado para qualquer coisa”

Bolsonaro afirmou que a sua inelegibilidade não tem cabimento e são “injustiças” e uma perseguição que estaria sofrendo.

O ex-presidente está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Há duas condenações: uma por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião do presidente com embaixadores estrangeiros em julho de 2022; e outra pelos mesmos motivos por promover sua campanha à reeleição no 7 de setembro de 2022, um evento de Estado.

Sobre as condenações, disse que não ganhou voto com a reunião com embaixadores e que não sabia que a manifestação do 7 de setembro na qual participou estaria sendo bancada pelo pastor Silas Malafaia.

“São injustiças, uma perseguição. O pessoal já sabe, mas preciso massificar isso entre a população. Depois, as alternativas são o Parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e o TSE que decida. Não sou otimista, sou realista. Estou preparado para qualquer coisa”, disse.

“Não tenho medo de julgamento”

Sobre a chance de ser indiciado em breve pela Polícia Federal (PF), junto a seus aliados, no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado depois de ser derrotado por Lula, em 2022, afirmou que também é “perseguição”.

“É só perseguição. Sinto isso o tempo todo: baleia, leite condensado, cartão de vacina, golpe usando a Constituição. Dar golpe é a coisa mais fácil, pega uns malucos… mas, e no dia seguinte? Nunca joguei fora das quatro linhas. Não tenho medo de julgamento. Minha preocupação é quem vai me julgar”, disse Bolsonaro.

“Interveio na minha eleição”, diz sobre Moraes

“Nas últimas eleições, nós, do PL, enfrentamos a máquina estadual, a municipal e Alexandre de Moraes, com aquelas buscas e apreensões. Ele interveio na minha eleição. Quando inventou o inquérito dos empresários golpistas, inibiu uma gama de gente que estava do meu lado. Agora, no caso da derrubada do X, perdi contato com milhões de pessoas. É a rede mais democrática que nós temos. Eles não querem censurar fake news, nem barrar desinformação, querem censurar a verdade. A turma que está lá com o Moraes, como o pessoal da PF, são pessoas que trabalham atendendo ao desejo dele”.

“Quero um Judiciário forte”

“Não é bom ter um Senado para votar impeachment de quem quer que seja. Impeachment não é o ideal, significa que estamos vivendo uma anormalidade. Eu quero um Judiciário forte, isso é uma garantia para todos nós. Mas precisamos também ter equilíbrio entre os poderes. O Judiciário foi jogado na vala do partidarismo”.

“Abuso na condenação” pelo 8 de Janeiro

“Falei recentemente com Arthur Lira, o presidente da Câmara, e ele vai transformar o projeto de anistia em comissão especial. Vamos levar para conversar com os parlamentares gente como a mãe que tem tem seis filhos em Ji-Paraná, Rondônia. O pai foi condenado a 17 anos de cadeia, está foragido. Fiz um vídeo, apelei aos senhores do STF, tem que ter um pouco de coração. Seis crianças vão crescer sem o pai. É um abuso na condenação. Já deu o que tinha que dar isso aí. Tenho dito que, nessa história da anistia, o meu caso está em segundo plano”.

Fonte: Poder360

 

 

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