Sucessão: como na Câmara, PL e PT devem caminhar juntos no Senado

O PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão no mesmo bloco na Câmara dos Deputados no apoio à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Casa. No Senado, a união das siglas pelo mesmo candidato deve se repetir.

O PL já anunciou na última semana o apoio a Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), favorito disparado na disputa. O PT deve formalizar o apoio nos próximos dias. A expectativa é que o anúncio dos petistas seja na terça-feira (5/11). Na avaliação de integrantes da sigla, não haverá resistências ao nome do senador, que tem acesso direto ao presidente Lula.

Alcolumbre já conta com o apoio de PL, União Brasil, Republicanos, PP, PSB e PDT. Juntas, as siglas somam 39 senadores, dois a menos do que ele precisa para ele ser eleito presidente do Senado. São necessários, no mínimo, 41 votos.

O Republicanos ainda não oficializou apoio, mas em entrevista ao Metrópoles em agosto, o líder do partido no Senado, Mecias de Jesus (Republicanos-RR), disse que a sigla daria apoio a eleição de Alcolumbre.

Bolsonaro foi ao Senado na última semana e defendeu publicamente o apoio a Alcolumbre para que o partido não ficasse fora de cargos importantes na Casa, o que ocorreu na última eleição quando a sigla apostou em Rogério Marinho, perdeu a disputa para Pacheco e ficou sem nenhum papel de destaque.

A ala mais bolsonarista do PL queria repetir 2023 e ter candidatura própria, principalmente por defender o andamento do impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o que atualmente não tem apoio dentro do Senado.

A ideia de ter candidatura própria, no entanto, foi vetada por Bolsonaro em função da busca por mais visibilidade para a sigla. Apesar disso, o senador “astronauta” Marcos Pontes (PL-SP) lançou sua candidatura contra a orientação do partido.

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