RN: ônibus são incendiados após morte em operação policial. Vídeo

Pelo menos dois ônibus do transporte público foram incendiados na noite deste domingo (3/11) em Natal (RN). Os atos de vandalismo e depredação ocorrem em protesto pela morte de um motociclista que foi perseguido pela Polícia Militar.

Segundo a PM, o homem teria fugido de uma blitz. Os policiais disseram que teriam avistado uma arma de fogo com ele e iniciado uma perseguição.

Os policiais relataram ainda que “houve disparos” durante a perseguição e que o homem sofreu um acidente ao fugir da polícia.

“Durante a ação, foi visualizada uma arma de fogo em posse do suspeito, o que deu início a um acompanhamento tático pela PM. Em determinado momento, houve disparos de arma de fogo. Seguindo o acompanhamento, o suspeito colidiu com um carro e caiu da moto, foi socorrido ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos”, disse a corporação.

O comandante da PM, coronel Alarico Azevedo, informou em uma coletiva de imprensa que o homem foi baleado e caiu da moto, entretanto, não informou quais regiões do corpo foram atingidas.

A corporação acrescentou que uma arma de fogo do homem foi apreendida, juntamente com a de outro policial. Os policiais militares foram ouvidos pela Polícia Civil.

“Ele furou o bloqueio. A viatura fez o acompanhamento e houve disparos de arma de fogo. Ele foi alvejado e colidiu com um veículo. Chegou a cair e foi conduzido ao hospital. Foi socorrido. Chegando ao hospital, já estava sem vida. De imediato, determinamos que os policiais fossem apresentados ao delegado de plantão. Eles foram ouvidos e as armas foram apreendidas para ficar à disposição do inquérito. E também foi encontrado uma arma com o cidadão. Foram duas armas apreendidas: uma da vítima e outra do policial”, afirmou o comandante-geral da PM.

Moradores revoltados com a situação realizaram um protesto e atearam fogo em dois ônibus na noite do domingo. O Corpo de Bombeiros foi acionado para deter as chamas, porém informou que a equipe foi recebida de maneira agressiva e precisou recuar para manter a segurança dos bombeiros.

O Comando Geral da PM informou que um inquérito policial militar foi aberto para apurar o caso e, enquanto a investigação não for concluída, os agentes serão afastados das atividades da corporação.