Telescópios investigam disco que pode abrigar vida ao redor de estrela

Uma equipe de astrônomos da Universidade do Arizona usou os telescópios espaciais Hubble e James Webb da NASA para fazer uma análise inédita nos discos da estrela Vega. O objetivo da observação é poder encontrar zonas de formação de planetas, para determinar onde e como eles se constituem. 

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Vega é uma das estrelas mais próximas do nosso Sol, localizada a 25 anos-luz do astro e a quinta estrela mais brilhante do céu noturno. O disco em sua circunferência é composto por detritos e tem quase 160 bilhões de quilômetros de diâmetro.

Esse corpo celeste é considerado lendário porque ofereceu a primeira evidência de material orbitando uma estrela e, possivelmente, tal matéria é a mesma que constitui os planetas.


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Isso é o que torna sua observação tão importante, uma vez que, se confirmada essa hipótese, significa que o local tem potencial para abrigar vida.

Segundo Andras Gáspár, astrônomo da Universidade do Arizona envolvido no estudo, o disco representa “um sistema misterioso porque é diferente de outros discos circunstelares que observamos”. Além disso, é considerado “absurdamente liso”.

Imagens de Vega feitas em 2005 pelo Spitzer Space Telescope. Reprodução/NASA

A distribuição de poeira no disco de detritos de Vega se dá em camadas porque a pressão da luz das estrelas empurra os grãos menores mais rápido do que os grãos maiores. 

Essa exploração também permitiu determinar que não há planetas com pelo menos a massa de Netuno circulando em órbitas grandes, como é o caso de nosso sistema solar.

As imagens mais recentes de Vega, feitos pelo Hubble e Webb, respectivamente. Reprodução/NASA

À esquerda, colorida artificialmente está a imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble do disco de poeira. O Hubble detectou a luz refletida pela poeira, que forma um halo parecido com uma fumaça. A mancha preta no centro bloqueia o brilho da estrela jovem e quente.

À direita, a imagem do Telescópio Espacial James Webb mostra o brilho da poeira quente. O disco externo (maior e mais alaranjado) se estende a uma distância de, aproximadamente, 11 bilhões de quilômetros a 27 bilhões de quilômetros.

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