Eletroagricultura: cientistas cultivam plantas sem luz solar

Com um novo método chamado eletroagricultura, cientistas dos EUA conseguiram cultivar plantas sem luz solar. A técnica se dá por meio de uma reação química, e os inventores defendem que pode ser até quatro vezes mais eficaz do que a fotossíntese.

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A eletroagricultura substitui a luz solar por eletricidade, que é utilizada para alimentar uma reação química entre CO2 e água e produzir acetato (naturalmente usado por cogumelos, leveduras e algas). 

“Por milênios, a humanidade tem dependido da fotossíntese para cultivar plantações e alimentar uma população crescente. No entanto, os crescentes desafios das mudanças climáticas e da fome global agora nos obrigam a superar as limitações de eficiência da fotossíntese”, defende o estudo.


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“Adotar um sistema alimentar baseado inteiramente em eletroagricultura poderia reduzir o uso de terras agrícolas nos Estados Unidos em 88%, liberando quase metade das terras do país para restauração de ecossistemas e sequestro natural de carbono”, estima o artigo, publicado na revista científica Joule.

Eletroagricultura

O estudo explica que a eletroagricultura ignora a fotossíntese tradicional, permitindo o cultivo de alimentos em centros urbanos não aráveis, desertos áridos e até mesmo ambientes do espaço sideral.

Esquema da eletroagricultura (Imagem: Crandall et al, 2024/Joule)

“Oferecemos uma nova estratégia que melhora a eficiência energética em uma ordem de magnitude em comparação com a fotossíntese, juntamente com orientação essencial para o desenvolvimento de eletroagricultura focada em culturas básicas, para maximizar os benefícios para regiões que enfrentam insegurança alimentar”, diz o estudo.

O material também menciona que a abordagem “inovadora para a agricultura é uma promessa significativa na redução de impactos ambientais, simplificação das cadeias de suprimentos e enfrentamento da crise alimentar global”.

Fotossíntese

Na fotossíntese, a energia luminosa é convertida em energia química na forma de açúcares. Essas moléculas de glicose (ou outros açúcares) são construídas a partir de água e dióxido de carbono, e oxigênio é liberado como um subproduto.

Só que, como o estudo relembra, essa taxa de eficiência de conversão de energia luminosa em energia química é de apenas 1%, por isso a necessidade de novos métodos de “fotossíntese”. 

 

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