O brilho de Lilian Ross em 32 reportagens

Um perfil de Ernest Hemingway, os bastidores domésticos da família de Robin Williams, Charlie Chaplin perdido em um quarto de hotel de Nova York, a reação irada de jovens ao lançamento de um dos mais badalados discos dos Beatles. As quatro histórias são algumas das 32 que compõem “Sempre repórter”, coletânea de reportagens de uma das mais brilhantes repórteres de todos os tempos, a americana Lilian Ross (1918-2017), e que a editora Carambaia lança este mês.

Uma das mães do jornalismo literário, Ross escreveu durante décadas na revista New Yorker sobre celebridades do mundo do cinema, da literatura e da moda, além de personagens anônimos de Nova York, no melhor estilo “ordinary people can be extraordinary” (pessoas comuns podem ser extraordinárias), de Gay Talese, outro papa do new journalism.

Nos cem anos em que viveu, Ross publicou mais de quinhentos textos e tornou-se uma das jornalistas mais cultuadas e admiradas no mundo. O livro foi o último que publicou em vida, reunindo 32 daquelas que considerou suas melhores reportagens. A coletânea, editada pela primeira vez no Brasil, tem tradução de Jayme da Costa Pinto e posfácio do jornalista e editor Paulo Roberto Pires.

Escreveu Pires no posfácio:

“Uma escrita sem firulas, enxuta mas não telegráfica, coloquial e jamais prosaica. Ao comentário e à especulação, prefere o concreto, fruto da observação direta: se debruça sobre o mundo a partir do que a vista alcança para, assim, ir além do que é evidente”.

Receba o conteúdo da coluna no seu WhatsApp e assine a newsletter de e-mail

Siga a coluna em Twitter, Instagram, Threads e Bluesky

Adicionar aos favoritos o Link permanente.