MPRJ quer que uruguaios que brigaram antes de jogo voltem a prisão

O Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu da decisão que colocou em liberdade dez torcedores uruguaios, que foram presos após uma confusão na cidade, antes da partida entre o Botafogo e o Peñarol, pela Libertadores, em 23 de outubro. Outros 11 uruguaios seguem presos.

O juiz Marcello Rubiolli, do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, alegou como uma das razões para liberar os torcedores o fato de o MPRJ não ter apresentado denúncia — o que fez com que o tempo da prisão preventiva expirasse. A prisão deles foi convertida em medidas cautelares, como a proibição de deixar o país e de frequentar eventos esportivos.

Segundo o MPRJ, o órgão analisou os casos no período adequado, mas entendeu que eles não se enquadram na Lei Geral do Esporte e por isso o Juizado do Torcedor seria incompetente para julgar os uruguaios. Em razão disso, os promotores pediram que os processos fossem enviados a uma Vara Criminal.

No dia 23 de outubro, os torcedores uruguaios se envolveram em uma briga na orla do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A confusão ganhou proporções maiores e terminou com roubos, furtos, pancadaria, quiosques quebrados, além de um ônibus e uma moto incendiados.

De acordo com a Polícia Militar, a confusão começou após um uruguaio furtar um celular em um quiosque. Já os torcedores do Peñarol alegaram que já havia hostilidade na região, onde eles costumam se concentrar quando veem ao Brasil, por haver presença de torcedores do Botafogo e do Flamengo.

Além dos 21 que ficaram presos, outros 330 uruguaios foram fichados pelo artigo 201 da Lei Geral do Esporte e foram liberados. Todos foram escoltados para fora do Rio.

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