Governo teve déficit de R$ 5,3 bilhões em setembro, informa Tesouro

As contas do governo central registraram um déficit primário — quando as despesas têm saldo maior do que as receitas, sem contar os juros — de R$ 5,3 bilhões, em setembro deste ano, frente a um superávit de R$ 11,6 bilhões em setembro de 2023, em termos nominais.

As informações foram divulgadas nesta terça-feira (7/11) pelo Tesouro Nacional, com atraso em razão de uma paralisação dos servidores públicos. Além do atraso, por conta da movimentação da carreira, o corpo técnico liberou apenas um sumário executivo para divulgação, sem grandes detalhamentos dos números.

O governo central inclui o Tesouro, o Banco Central (BC) e a Previdência Social.

O resultado conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central foi superavitário em R$ 20,9 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou um déficit primário de R$ 26,2 bilhões.

Comparado a setembro de 2023, o resultado primário observado decorreu da combinação de um decréscimo real de 8,5% (R$ 15,1 bilhões) da receita líquida e de um aumento de 1,4% (R$ 2,3 bilhões) das despesas totais.

Acumulado do ano

No acumulado de janeiro a setembro de 2024, o resultado do governo central atingiu um déficit primário de R$ 105,2 bilhões, ante déficit de R$ 94,3 bilhões no mesmo período de 2023 (em termos nominais). Esse resultado foi composto por um superávit de R$ 160,6 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central e por um déficit de R$ 265,8 bilhões na Previdência Social.

A meta fiscal para 2024

A meta do governo federal para 2024 é de déficit fiscal zero, ou seja, o equilíbrio das contas públicas, com receitas equiparadas às despesas. A ideia é que haja aumento gradual até 2028, quando se prevê chegar ao superávit primário de 1% do PIB. Veja quais são as previsões:

  • 2025: déficit 0
  • 2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões)
  • 2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões)
  • 2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões)

Como estabelecido pelas regras do arcabouço fiscal — nova forma de controle de endividamento público brasileiro —, R$ 40,5 bilhões podem ser contabilizados fora da meta fiscal neste ano.

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