Com déficit, secretário prevê resultado das contas melhor em outubro

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quinta-feira (7/11) que o resultado das contas do governo central, que inclui o próprio Tesouro, o Banco Central e a Previdência Social, de outubro será melhor que o de setembro.

As contas do governo central registraram um déficit primário de R$ 5,3 bilhões em setembro de 2024. O déficit acontece quando as despesas do governo têm saldo maior do que as receitas com tributos e impostos, sem contar os juros. Os dados do mês, que costumam ser divulgados no final de outubro, foram adiados para o início de novembro em razão de uma mobilização de servidores do Tesouro. Já os números de outubro serão divulgados só no início de dezembro.

No acumulado de janeiro a setembro de 2024, o déficit primário é de R$ 105,2 bilhões, distante da meta do governo federal para 2024, de déficit fiscal zero, com receitas equiparadas às despesas. O governo mira o cumprimento da meta dentro da banda (o intervalo de tolerância), que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões.

O secretário antecipou que, em outubro, houve superávit de cerca de R$ 40 bilhões. “Apesar dos R$ 105 bilhões de déficit acumulado, o mês de outubro, preliminarmente, fechou na ordem um pouco abaixo de R$ 40 bilhões positivos”, afirmou.

“O resultado fiscal acumulado está mais próximo entre R$ 68 bilhões e R$ 70 bilhões acumulados, já com os créditos extraordinários. Quando você tira os créditos extraordinários, a gente vai ficando cada vez mais próximo do limite da banda. Então, nós estamos cada vez mais próximos do atingimento do objetivo”, explicou ele.

Os créditos extraordinários somam cerca de R$ 14 bilhões e não entram no cômputo da meta. Portanto, sem eles, o déficit do acumulado do ano, de janeiro a outubro, possivelmente cairá para algo em torno de R$ 60 bilhões. Vale lembrar que os dados do décimo mês do ano ainda não foram consolidados.

“Outubro tem um resultado forte, expressivo, tem alguns ingressos extraordinários e ele gera um resultado bem positiva que derruba isso para um patamar da ordem, arredondando, em torno de R$ 70 bilhões”, prosseguiu Ceron.

O secretário ainda disse que o governo está “cada vez mais próximo de atingir o objetivo”, considerando os números preliminares de outubro e um bom desempenho esperado para os meses de novembro e dezembro.

“O Brasil está diante de uma grande oportunidade. Eu não vejo isso como um desafio, eu vejo como uma grande oportunidade a gente realmente consolidar um projeto de longo prazo para o país, para um país, de fato, que tenha um ciclo sustentável, equilibrado. Isso vai ser bom para todo mundo”, completou Ceron.

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