AMD reúne parceiros e indica caminho para o futuro no Partner Summit 2024

Nos dias 6 e 7 de novembro, durante o Partner Summit 2024, realizado em Campos do Jordão (SP), a AMD reuniu parceiros estratégicos para apresentar seus mais novos produtos e inovações e indicar quais caminhos determinarão o futuro do mercado de TI no Brasil.

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Embora tenha apresentado suas 8 principais frentes de atuação, a AMD deixou mais do que óbvio qual delas é a mais importante na atualidade: a de inteligência artificial. Antes vista como o futuro da tecnologia, hoje a IA está no centro da vida moderna e é o grande agente de transformação de setores como o de robótica, saúde, pesquisa e supply chain, e a principal fonte de oportunidades de negócios e faturamento das companhias da indústria.

Na keynote de abertura do Partner Summit, o Diretor Geral da AMD Brasil, Sergio Santos, definiu a inteligência artificial como “a tecnologia mais transformadora dos últimos 50 anos” e cravou: “A AMD está em busca da liderança”.

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Produtos e soluções de ponta a ponta

Em excelente fase, a AMD vem registrando resultados financeiros saudáveis e atraentes a cada novo trimestre. Muito mais do que processadores para computadores e notebooks, hoje a companhia oferece um leque variado de soluções que atendem desde usuários domésticos a pequenos negócios, grandes corporações e data centers.

Segundo Santos, a virada de uma “empresa fabricante de processadores” para essa “companhia que oferece produtos e soluções de ponta a ponta” ocorreu com o lançamento da primeira linha de CPUs EPYC para servidores em 2017. A cada nova geração, os processadores para servidores ganham mais relevância no mercado; hoje em sua 5a geração, batizada de “Turin”, eles são os principais responsáveis pelo crescimento da AMD.

Os motivos disso estão diretamente relacionados às especificações técnicas dos AMD EPYC. Com 192 núcleos de computação com frequência de até 4,4 GHz, os componentes proporcionam alta escalabilidade dos servidores, reduzindo o espaço físico necessário para acomodá-los, derrubando os custos relacionados a licenciamento de software e comportando mais clientes por servidor.

“O que antes era feito com 1.000 servidores da concorrência de quatro ou cinco anos atrás, hoje é possível fazer com 130 servidores EPYC. Você compra menos servidores, você reduz seu espaço físico e seu consumo de energia. A AMD reduz o seu TCO (Total Cost of Ownership)”, explicou Santos em entrevista exclusiva ao Canaltech.

E essa receita complexa, repleta de ingredientes, tem de fato apresentado resultados: no último dia 5 de novembro, a AMD superou a Intel em receita de CPUs para servidores pela primeira vez na história.

Desde dezembro de 2023, os EPYC receberam a companhia dos aceleradores de IA AMD Instinct MI300. Amplamente adotados por servidores e data centers, os aceleradores se tornaram um case de sucesso histórico na companhia como a linha de produtos que mais rapidamente atingiu a marca de US$ 1 bilhão em receita.

Apesar de ser o primeiro passo da AMD no mercado de inferência e treinamento de modelos de inteligência artificial, o Instinct MI300 foi tão bem-sucedido que já ganhou sucessor (o MI325X) e tem dois novos modelos previstos para 2025 e 2026: o MI350 e MI400. Com eles, a companhia promete o maior salto de desempenho de sua história, entregando 35x mais performance.

Aliada a essas soluções, a plataforma de IA da AMD dispõe dos processadores Ryzen AI 300, Ryzen AI 300 PRO e Ryzen AI 300 Strix Point equipando notebooks e desktops com capacidades de IA.

IA como fonte de novos negócios

Com esse portfólio, a AMD indica que a inteligência artificial será a grande força motriz para novos negócios de 2025 em diante, em todos os segmentos.

O advento dos AI PCs aliado ao fim do suporte ao Windows 10, marcado para 14 de outubro de 2025, é uma grande oportunidade para fabricantes de notebooks e componentes emponderarem consumidores e negócios com recursos, ferramentas e serviços baseados em IA e aumentarem suas receitas.

No segmento de servidores e data centers, a missão é ainda maior. Para Santos, a companhia trabalha para conquistar a confiança do cliente e convencê-lo a mudar de plataforma de data centers. Além da escalabilidade porporcionada pelos EPYC, o executivo destaca outra característica importante nessa tarefa: a eficiência energética dos componentes.

“Hoje o custo e a disponibilidade de energia estão críticos e têm um peso muito grande no TCO. Então a nossa missão é não só fazer o processador com mais desempenho, mas também o que tem a melhor eficiência energética”, disse o executivo à reportagem.

Numa realidade em que a inteligência artificial demanda mais poder computacional e, consequentemente, mais energia, essa característica desponta como um diferencial importante. “Com a nossa arquitetura baseada em chiplets, você pode dosar o TDP que quer usar, seja ajustando para ter mais desempenho e mais consumo energético, ou menos desempenho porque o foco é throughput, flow de dados”, explica o Diretor Geral da AMD Brasil.

Mas quando a necessidade é, de fato, aumentar o poder computacional para aplicações e serviços de IA, a modernização do data center é inevitável. E é aí que está a oportunidade de negócio: “O EPYC tem o desempenho e tem a eficiência energética. Com ele, eu consigo reduzir o TCO, o CAPEX e o footprint. No fim, consigo ter o retorno de investimento que antes era de 3 ou 4 anos em 6 ou 12 meses”.

Seja para o consumidor final, que terá de atualizar seu PC em algum momento nos próximos meses, seja para servidores, data centers ou hyperscales, que terão de atualizar sua infraestrutura para se manterem competitivos e lucrativos, tudo passará pela inteligência artificial.

No centro de todas as atividades em toda a indústria, é ela quem está ditando novos negócios e os caminhos que percorreremos daqui em diante.

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