Servidora do DF transferiu R$ 9 mil a golpista que fingia ser advogado

Uma servidora pública do Distrito Federal está entre as vítimas de um grupo especializado em cometer golpes de falsos advogados. Ela chegou a transferir R$ 9 mil aos golpistas, por acreditar que receberia dinheiro de uma ação judicial por meio do escritório do governador Ibaneis Rocha (MDB), alvo dos criminosos.

O esquema foi desarticulado por meio da Operação Fallere, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta sexta-feira (8/11). As investigações revelaram que a quadrilha usava o nome de autoridades de alto escalão e de grandes escritórios de advocacia para dar golpes nas vítimas.

As apurações começaram a partir das informações de que a cliente do escritório de advocacia de Ibaneis havia transferido dinheiro para um falso advogado, o qual se apresentou como um dos sócios da empresa.

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Delegado da 5ª DP (Área Central), Bruno Dias

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Delegado da 5ª DP (Área Central), Bruno Dias

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Delegado da 5ª DP (Área Central), Bruno Dias

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As vítimas eram induzidas a transferir dinheiro para a conta de uma pessoa física, para pagamento de “custas” do levantamento de alvarás e do recebimento de valores disponíveis, supostamente decorrentes de vitórias em ações judiciais.

Para dar mais credibilidade ao pedido às vítimas, os estelionatários usavam números de processos reais. Eles entravam em contato com elas por meio de mensagens no WhatsApp e ainda se apresentavam com nome – e foto de perfil – dos verdadeiros advogados dos clientes dos escritórios.

A PCDF descobriu que os criminosos tentaram aplicar o golpe em mais de cinco clientes do escritório do governador. Até o momento, porém, a informação é de que apenas essa servidora pública fez transferências para o falso advogado.

O delegado-adjunto da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), Bruno Dias, detalhou que a vítima chegou a fazer três transferências bancárias, que totalizaram R$ 9 mil, para a conta de uma pessoa jurídica, em abril último.

Os investigadores também verificaram que um dos alvos da operação recebia os valores transferidos pelos clientes dos escritórios dentro de uma penitenciária em Recife (PE). “Esse indivíduo especificamente, que está preso, repassava os valores para outras contas. Ele era a ligação entre as vítimas e os demais golpistas”, detalhou o delegado.

Operação Fallere

Os estelionatários foram alvo de 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Brasília (DF), no Ceará e em Pernambuco.

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A princípio, o grupo criminoso conta com seis participantes. Eles devem responder pelos crimes de falsa identidade, estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caso condenados, todos poderão cumprir penas superiores a 20 anos de prisão.

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