Exclusivo: foto mostra suspeito de tentar matar rival do PCC no Natal

São Paulo  Assassinado a tiros logo após desembarcar de um voo no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. região metropolitana, nessa sexta-feira (8/11), o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach já havia sido alvo de uma tentativa de homicídio, a tiros, na noite de Natal do ano passado. O Metrópoles teve acesso, com exclusividade, à imagem do provável atirador, captado por uma câmera de monitoramento, logo após o atentado (veja abaixo).

Gritzbach era jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) por estar supostamente envolvido no assassinato de dois membros da maior facção do Brasil, entre eles um chefão.

Na imagem obtida pela reportagem, anexada em um Inquérito Policial, instaurado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o sniper carrega uma maleta, na qual estaria a arma usada para tentar matar Gritzbach, a caminho de um elevador. O registro é analisado para tentar identificar o criminoso.

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

Segundo MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
Empresário foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia
Gritzbach foi solto em 7 de junho
Suposto sniper caminha com maleta
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Imagem foi anexada em relatório policial

Reprodução/Polícia Civil

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

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Segundo MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

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Empresário foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

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Gritzbach foi solto em 7 de junho

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Suposto sniper caminha com maleta

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A imagem, coincidentemente, segundo apurado pelo Metrópoles, foi inserida pelo departamento de homicídios, em seus relatórios, dias antes da execução do empresário no maior aeroporto do Brasil. A polícia investiga a eventual relação desse suposto atirador com o atentado da sexta-feira.

A Polícia Militar localizou nesse sábado (9/10) armas que podem ter sido usadas na execução do empresário. Um fuzil AK-47, diversos carregadores e também uma pistola foram achados na rua Guilherme Lino dos Santos, após uma denúncia anônima indicar o local ao 15º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep).

Tiros no Natal

O próprio Gritzbach registrou em vídeo, com o celular (assista abaixo), o momento em que o tiro atingiu a varanda de seu apartamento, no bairro Jardim Anália Franco, área nobre da zona leste paulistana, na noite de 25 de dezembro de 2023.

Ele teria ido até a sacada para fazer uma vídeo da lua, quando foi surpreendido pelo disparo. Gritzbach teria se ferido por um fragmento do projétil.

 

Como já mostrado pelo Metrópoles, ele estava reunido com os pais, irmãos e filhos, todos sentados em um sofá, quando repararam a beleza da lua cheia.

Segundo o advogado Ivelson Salotto, a munição disparada contra o empresário era de fragmentação. “Era daqueles que fragmentam. Um dos pedaços pegou no braço dele. A sorte foi que a sacada tinha uma lâmina de vidro que acabou desviando o projétil, senão ia pegar no rosto dele”, afirmou à reportagem na ocasião.

“No começo do ano passado, o Vinícius já tinha sido ameaçado até por um policial da banda podre da polícia. Disseram que iam matar ele dentro do apartamento dele. Mas quando ele ia imaginar? Ele fraquejou, foi um descuido”, completou.

Segundo a polícia, o tiro foi dado de um prédio em frente, a partir de um apartamento que fica a poucos andares acima do de Gritzbach. A imagem do atirador fugindo do local, relevada pelo Metrópoles, foi localizada no sistema de monitoramento desse edifício.

Jurado de morte

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Na denúncia, o MPSP diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas com os narcotraficantes.

O duplo homicídio ocorreu em 27 de dezembro de 2021 e teria sido cometido em parceria com o agente penitenciário David Moreira da Silva. Noé Alves Schaum, denunciado por ser o executor dos membros do PCC, foi assassinado em 16 de janeiro do ano seguinte.

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach ficou preso até 7 de junho do ano passado, quando ganhou liberdade condicional e passou a usar tornozeleira eletrônica.

Após sua soltura, ele negociou e fechou um acordo de delação premiada com o MPSP. Isso, segundo o advogado Ivelton Salotto, “potencializou a morte” do empresário.

Na ocasião do acordo, Gritzbach teria pedido proteção, mas a solicitação foi ignorada pela Promotoria, ainda de acordo com o advogado. O MPSP nega e ressalta, em nota, que o empresário rejeitou a oferta de inclusão no programa de proteção à testemunha.

Execução no aeroporto

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem junto com a namorada quando foi executado na tarde dessa sexta-feira, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Conforme apurado pelo Metrópoles, ele foi morto com um tiro de fuzil no rosto. Os filhos foram buscá-lo com quatro seguranças, todos PMs.  O carro da filha quebrou, ficou em um posto, e o filho seguiu ao encontro do pai com os guarda-costas.

Câmeras de segurança registraram o momento em que os atiradores descem de um carro preto e executam o empresário.

Veja abaixo:

Ainda de acordo com as informações apuradas pelo Metrópoles, Gritzbach teria sido morto na frente do filho. Outras três pessoas, sem nenhum vínculo com o empresário,  ficaram feridas, segundo documento da Polícia Civil obtido pela reportagem.

Entre elas está o motorista Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos. Ele morreu um dia após ser encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Geral de Guarulhos.  As outras duas vítimas, de 28 e 39 anos, passam bem.

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