Relatório de Riqueza Global Allianz 2024 aponta recuperação financeira

Berlim – O Relatório de Riqueza Global 2024 da Allianz revelou que os ativos financeiros das famílias aumentaram 7,6% em 2023, revertendo a queda registrada no ano anterior e totalizando 239 trilhões de euros. Esse crescimento reflete a resiliência das economias globais, apesar de um ano de política monetária restritiva.

Os dados mostraram que as principais classes de ativos, como títulos e seguros/previdência, impulsionaram essa recuperação. No entanto, os depósitos bancários caíram 4,6%, devido à normalização dos investimentos após o pico de poupança durante a pandemia.

Brasil tem crescimento de 7,8% impulsionado por previdência

No Brasil, os ativos financeiros das famílias cresceram 7,8%, com destaque para a classe de seguros e previdência, que avançou 10,2%. Contudo, o cenário permanece desafiador, com a desigualdade concentrando 80% dos ativos financeiros nas mãos dos 10% mais ricos do país. Em termos per capita, os ativos financeiros líquidos alcançaram 8.740 euros, mantendo o Brasil na 42ª posição global.

Cenário global: ativos e dívida das famílias

O relatório destacou que, mundialmente, a dívida das famílias cresceu 4,1%, o menor índice em nove anos, totalizando 57 trilhões de euros. A desaceleração foi impulsionada principalmente pela Europa Ocidental e América do Norte, onde o aumento foi de apenas 1,1% e 2,9%, respectivamente. O índice de dívida global caiu pelo terceiro ano consecutivo, atingindo 65,4% do PIB.

Mercados imobiliários em retração

Com a alta nas taxas de juros, os ativos imobiliários apresentaram o menor crescimento em uma década, de 1,8%. A Allianz alerta que as mudanças climáticas e políticas de transição verde podem impactar ainda mais o setor imobiliário, especialmente na Europa, com projeções de queda de até 20% no Índice de Preços de Habitação (HPI) até 2050.

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Perguntas e Respostas Frequentes

Qual foi o aumento dos ativos financeiros em 2023?
Os ativos financeiros das famílias cresceram 7,6%, atingindo 239 trilhões de euros.

O Brasil teve crescimento significativo?
Sim, o Brasil registrou crescimento de 7,8%, puxado pela previdência e seguros, mas segue com altos índices de desigualdade.

Os depósitos bancários ainda são populares?
Não, o interesse por depósitos caiu 4,6%, enquanto outras classes de ativos, como títulos, continuam populares.

Qual o impacto das taxas de juros nos imóveis?
A alta dos juros resultou no menor crescimento em ativos imobiliários em 10 anos, e o cenário climático pode agravar essa tendência.

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