Fundo do mar é ocupado por “enxame” de caranguejos-aranha; veja vídeo

No fundo do mar da costa do Chile, uma equipe internacional de biólogos, incluindo membros do Schmidt Ocean Institute, encontrou um “exame” de caranguejos-aranha. Centenas de crustáceos foram vistos “andando” nas profundezas, como uma grande mancha vermelha. Ainda não se sabe o porquê do comportamento inusitado e até estranho para os humanos.

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Para além dos caranguejos-aranha, a atual expedição marítima (que vai até o dia 5 de dezembro) encontrou outros animais curiosos nas águas do Oceano Pacífico, como raias, estrelas-do-mar, anêmonas e vermes tubulares. Vale destacar a presença do misterioso “bicho espaguete”, que é um tipo de sifonóforo, e possivelmente espécies desconhecidas.

 

Nas novas imagens captadas pelo veículo subaquático operado remotamente (ROV) SuBastian, também chama a atenção a lula Gonatus onyx carregando um tipo de “cobertor”, com inúmeros pontinhos brancos, no fundo do mar. Na verdade, o “tecido” é uma membrana protetora para os seus ovos, que será sacudido após a incubação e, assim, “libertará” os seus filhotes. 


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Novas espécies no fundo do mar

Há grande interesse em investigar essas águas do Pacífico, desvendando os seus mistérios, incluindo cânions submarinos, hotspots de biodiversidade e enxames de caranguejos-aranha. Inclusive, a equipe do Schmidt Ocean Institute tem se dedicado a essa missão nos últimos anos, com a descoberta de mais de 100 novas espécies. 

Expedição para a costa do Chile descobre uma mancha vermelha no fundo do mar, composta por inúmeros caranguejos-aranha (Imagem: ROV SuBastian/Schmidt Ocean Institute/Youtube)

Entre as características únicas da região, está o fato daquela ser uma área de subducção de placas tectônicas (quando uma penetra lentamente por debaixo da outra). Ali, a placa de Nazca mergulha sob a placa Sul-Americana, o que gera terremotos com alguma regularidade e a formação de montanhas. 

Infiltrações de metano no fundo do mar

Outro ponto curioso da região, em partes, desconhecida são as infiltrações de metano. Conforme as criaturas marinhas morrem, elas literalmente afundam e vão “descansar” no fundo dos oceanos, onde novos sedimentos se acumulam diariamente. Com o passar do tempo, os organismos entram em decomposição e “bolsões” de gás metano se formam. Este gás pode escapar por rachaduras e fissuras, as famosas infiltrações.

Pequenos organismos unicelulares e micróbios convertem o metano em energia e crescem a partir desse gás, ajudando a criar habitats únicos para as outras criaturas, mas ainda pouco compreendidos. Os consumidores de metano também impedem que o gás (que é parte do efeito estufa) chegue a nossa superfície, contribuindo com o controle do aquecimento global.

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