Alesp aprova projeto que veta uso de celular em escolas de São Paulo

São Paulo — A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou na tarde desta terça-feira (12/11), por unanimidade, a proibição do uso de celulares por estudantes em escolas públicas e privadas do estado.

A medida vale para toda a educação básica tanto para aulas como nos intervalos.

Agora o projeto de lei segue para sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). No Palácio dos Bandeirantes, ela já é dada como certa por fontes consultadas pelo Metrópoles.

Apresentado inicialmente pela deputada estadual Marina Helou (Rede), o projeto recebeu 40 pedidos de coautoria nos últimos meses, entre nomes como o bolsonarista Danilo Balas (PL) e a feminista Paula Nunes (PSol).

A discussão do tema em São Paulo ecoa movimento semelhante em Brasília, onde outro projeto é debatido pelos deputados federais e já tem consenso dentro do Ministério da Educação (MEC).

O projeto na Alesp prevê que os estudantes sejam proibidos de utilizar os aparelhos inclusive durante os intervalos escolares. A exceção é permitida apenas quando os dispositivos forem utilizados para atividades pedagógicas ou nos casos de necessidade para garantir a inclusão a alunos com deficiência.

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Crianças acompanham aula em escola na periferia da zona leste de São Paulo

Estudantes observam TV com slide de material do governo de São Paulo
Alunos do Ensino Fundamental usam computadores para pesquisar temas das aulas
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Estudantes da rede estadual de São Paulo

Jessica Bernardo/Metrópoles

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Crianças acompanham aula em escola na periferia da zona leste de São Paulo

Jessica Bernardo/Metrópoles

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Estudantes observam TV com slide de material do governo de São Paulo

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Alunos do Ensino Fundamental usam computadores para pesquisar temas das aulas

Jessica Bernardo/Metrópoles

Além dos celulares, aparelhos eletrônicos como tablets e relógios inteligentes também teriam seu uso vetado no período em que os alunos estiverem nos colégios. A ideia prevê que os dispositivos sejam armazenados pela escola e devolvidos ao fim do período de aulas. As unidades de ensino também teriam que criar “canais acessíveis” para se comunicar com pais e responsáveis.

Os deputados defendem a medida com base em estudos que mostram a relação entre o uso dos aparelhos e a redução da capacidade cognitiva dos alunos, e pesquisas que falam sobre o efeito negativo das mídias sociais em adolescentes.

Em outubro, uma pesquisa do Instituto Datafolha apontou que 62% dos brasileiros com mais de 16 anos apoiam a proibição dos celulares por crianças e adolescentes nas escolas.

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