IA analisa vídeos de bebês na UTI para detectar alterações neurológicas

Na última segunda-feira (11), uma equipe do Hospital Mount Sinai anunciou as descobertas em torno de uma IA capaz de detectar alterações neurológicas em bebês que estão internados na UTI neonatal.

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A tecnologia promete um método minimamente invasivo para monitoramento neurológico contínuo, capaz de fornecer informações em tempo real sobre a saúde infantil que não eram possíveis antes.

Para treinar o algoritmo, a equipe do Mount Sinai usou mais de 16.938.000 segundos de filmagens de vídeo de um grupo composto por 115 bebês. A tecnologia, chamada de Pose AI, mostrou que pode rastrear com alta precisão.


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“Nosso estudo mostra que aplicar um algoritmo de IA a câmeras que monitoram continuamente bebês na UTIN é uma maneira eficaz de detectar alterações neurológicas precocemente, potencialmente permitindo intervenções mais rápidas e melhores resultados”, diz a equipe.

Precisão da IA

No relatório, a equipe conta que ficou até surpresa em ver como a IA funcionou em diferentes condições de iluminação e diferentes ângulos. 

Ainda assim, os médicos envolvidos ressaltam que essa abordagem não substitui as avaliações médicas e de enfermagem. Em vez disso, a ideia é complementar e fornecer uma leitura contínua.

IA analisa vídeos de bebês na UTI para detectar alterações neurológicas (Imagem: Solen Feyissa/Unsplash)

Mas então… o que vem pela frente? Na estimativa dos cientistas, “um sistema futuro onde câmeras monitoram continuamente bebês na UTIN, com IA fornecendo uma faixa de neurotelemetria semelhante à frequência cardíaca ou monitoramento respiratório, com alerta para mudanças nos níveis de sedação ou disfunção cerebral”.

O objetivo é que, a longo prazo, os médicos possam revisar vídeos e insights gerados por IA quando necessário, então seria como uma ferramenta intuitiva e facilmente interpretável.

O estudo foi publicado na revista científica The Lancet.

Alterações neurológicas

“O alerta infantil e as alterações neurológicas podem refletir patologias com risco de vida, mas são avaliadas por exame físico, que pode ser intermitente e subjetivo. Métodos confiáveis ​​e contínuos são necessários”, menciona o estudo.

“Mostramos que a pose AI pode ser aplicada em um ambiente de UTI e que um diagnóstico de EEG, disfunção cerebral, pode ser previsto apenas a partir de dados de vídeo. O aprendizado profundo com pose AI pode oferecer um método minimamente invasivo”, conclui a pesquisa.

Detecção por IA

A IA tem mostrado grande habilidade em ajudar a medicina no que diz respeito à detecção de determinadas condições, e pode até mesmo diagnosticar tumor cerebral e ajudar cirurgiões. Dessa forma, uma cirurgia cerebral fica mais segura com Inteligência Artificial. 

 

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