Ministros do STF encontraram Lula após explosões de olho em outro tema

As explosões que culminaram com a morte de um homem na frente do STF na quarta-feira (13/11) frustaram parte da ofensiva de ministros da Corte sobre Lula de olho em indicações para outro tribunal superior de Brasília.

Como noticiou a coluna, Lula recebeu os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, logo após o incidente em frente ao Supremo.

O encontro, no entanto, já estava marcado antes das explosões. Os ministros tinham pedido a reunião com Lula para falar sobre as próximas duas indicações do presidente da República para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Desde o final de outubro, Lula tem em mãos duas listas tríplices para escolher dois novos ministros do STJ: uma composta por desembargadores federais e outra, por integrantes do Ministério Público.

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Decano do STF, ministro Gilmar Mendes tenta influenciar escolhas de Lula para o STJ

Ministro Alexandre de Moraes está alinhado a Gilmar na ofensiva por indicações de Lula ao STJ
Ministro Cristiano Zanin foi o 1º a ser indicado por Lula nesse terceiro mandato
Homem de 59 anos morreu na frente do STF após explodir bombas
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Presidente Lula recebeu ministros do STF Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada logo após explosões na frente da Corte

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Decano do STF, ministro Gilmar Mendes tenta influenciar escolhas de Lula para o STJ

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Ministro Alexandre de Moraes está alinhado a Gilmar na ofensiva por indicações de Lula ao STJ

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Ministro Cristiano Zanin foi o 1º a ser indicado por Lula nesse terceiro mandato

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Homem de 59 anos morreu na frente do STF após explodir bombas


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A primeira lista tríplice para o STJ enviada para definição do presidente é composta pelos desembargadores federais Carlos Brandão e Daniele Maranhão, do TRF-1, e Marisa dos Santos, do TRF-3.

Já a segunda lista é destinada a membros do Ministério Público e tem os nomes dos procuradores Sammy Barbosa e Maria Marluce Bezerra e do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos.

Segundo apurou a coluna, Gilmar e Moraes atuam para convencer Lula a não escolher Carlos Brandão. O desembargador é apoiado pelo ministro do STF Nunes Marques, que pertence a outro grupo do Supremo.

Brandão, que é piauiense, também conta com apoio de caciques do PT. Entre eles, o atual governador do Piauí, Rafael Fonteles, e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que também é piauiense.

Gilmar e Moraes, no entanto, torciam pelo desembargador Ney Bello, também do TRF-1, sediado em Brasília. O magistrado, contudo, não conseguiu entrar na lista tríplice, votada pelos atuais ministros do STJ.

Explosões ofuscaram encontro de ministros do STF com Lula

Os ministros do Supremo pretendiam usar o encontro com Lula na quarta para reforçar a ofensiva contra Brandão. As explosões na Praça dos Três Poderes, contudo, ofuscaram a articulação e dominaram a pauta do encontro.

Segundo apurou a coluna, a disputa pelo STJ acabou sendo tema secundário na reunião do presidente com os ministros do STF. No encontro, Lula sinalizou que não pretende bater o martelo agora sobre as duas vagas.

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