Em 2022, PIB baiano cresceu 4,2%, chegando a R$ 402,6 bilhões

PIB (Produto Interno Bruto) da Bahia para o ano de 2022 foi estimado em R$ 402,647 bilhões, dos quais R$ 353,640 bilhões equivalem ao valor adicionado bruto (renda líquida gerada pelas atividades econômicas, que equivale ao valor do PIB menos os impostos) e R$ 49,007 bilhões são referentes aos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos.

Com esse resultado, a Economia baiana cresceu 4,2% em volume (descontados os efeitos dos preços) frente a 2021, mostrando seu segundo crescimento consecutivo após a queda sofrida em 2020 (-4,4%), ano do maior impacto econômico causado pela pandemia de Covid-19.

Entre 2021 e 2022, o PIB da Bahia apresentou um desempenho superior ao do Brasil como um todo, sendo o 11º melhor resultado entre as 27 unidades da Federação.

De 2021 para 2022, o PIB brasileiro cresceu 3,0%, também mostrando seu segundo avanço consecutivo. Dos 27 estados, 24 viram suas Economias crescerem no período, com as maiores taxas registradas em Roraima (11,3%), Mato Grosso (10,4%) e Piauí (6,2%). Por outro lado, as únicas quedas ocorreram no Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%).

Após ter tido, em 2021, um crescimento (3,0%) inferior à queda registrada em 2020 (-4,4%), a economia baiana, em 2022, superou as perdas da pandemia com este segundo avanço consecutivo.

O crescimento do PIB maior do que o da maioria dos estados, em 2022, levou a Bahia a ter um discreto ganho de participação no valor do PIB nacional, passando de 3,9% em 2021 para 4,0% no ano seguinte.

Frente a 2021, os estados que mais ganharam participação no PIB brasileiro foram Rio de Janeiro (de 10,5% para 11,4%), São Paulo (de 30,2% para 31,1%) e Goiás (de 3,0% para 3,2%). A Bahia veio logo em seguida, com o quarto maior aumento de participação. Por outro lado, Pará (de 2,9% para 2,3%), Rio Grande do Sul (de 6,5% para 5,9%) e Minas Gerais (de 9,5% para 9,0%) foram os que mais perderam.  

O PIB baiano se manteve como o 7o maior do país e o mais elevado do Norte/Nordeste, em 2022. São Paulo (R$ 3,1 trilhões), Rio de Janeiro (R$ 1,2 trilhão) e Minas Gerais (R$ 906,7 bilhões) têm os maiores PIB dentre os estados, e Roraima (R$ 21,1 bilhões), Amapá (R$ 23,6 bilhões) e Acre (R$ 23,7 bilhões) têm os menores.

Entre 2021 e 2022, indústria e agropecuária ganham participação no valor gerado pela Economia baiana, enquanto os serviços perdem

Entre 2021 e 2022, dos três grandes setores produtivos, a indústria e a agropecuária ganharam participação no valor gerado pela Economia baiana, enquanto os serviços, embora francamente dominantes, seguiram perdendo participação.

indústria com um todo (soma da extrativa, de transformação, de construção e eletricidade, gás, água e esgoto) gerou R$ 91,7 bilhões, na Bahia, e foi quem mais ganhou participação no valor adicionado da Economia do estado (que incorpora os efeitos dos preços), subindo de 24,9% em 2021 para 25,9% em 2022, maior patamar em 13 anos, desde os 27,1% registrados em 2010.

Foi o quarto ganho anual consecutivo de participação da indústria, puxado, sobretudo, pela indústria de transformação que aumentou sua fatia de 14,3% para 15,6% do valor adicionado do PIB baiano, entre 2021 e 2022. 

agropecuária gerou R$ 40,0 bilhões em 2022, na Bahia. Com isso, teve um segundo ganho consecutivo de participação no valor adicionado pelos setores produtivos no estado, de 11,1% para 11,3%, maior patamar em 17 anos – desde 2004, quando a agropecuária representava 13,1% da Economia baiana.

O setor de serviços, por sua vez, gerou um valor adicionado bruto de R$ 221,9 bilhões em 2022, na Bahia. Embora continue representando a maior fatia na Economia do estado, seguiu perdendo participação no valor adicionado total do PIB baiano, de 64,0% em 2021 para 62,7% em 2022, o menor patamar em 18 anos – desde 2004, quando representava 61,0%.

Essa terceira perda seguida de participação do setor foi puxada pela atividade de transporte, armazenagem e correio, que passou de 4,1% para 3,1% do valor adicionado total do PIB baiano, entre 2021 e 2022.

Entre 2002 e 2022, PIB da Bahia avançou, em média, 1,9% ao ano, crescimento abaixo do nacional (2,2%) e o 5º menor entre os estados

Ao se avaliar toda a série histórica das Contas Regionais, de 2002 a 2022, o crescimento acumulado do PIB baiano foi de 46,4%, numa média de 1,9% ao ano. 

O resultado do estado está abaixo do verificado no país como um todo, que cresceu, em média, 2,2% ao ano entre 2002 e 2022, é o 5º menor entre as 27 unidades da Federação e o 2º menor do Nordeste.

Os menores avanços foram registrados no Rio Grande do Sul (32,2% no acumulado entre 2002 e 2022, com uma média de 1,4% ao ano), Rio de Janeiro (32,9% no acumulado e média anual de 1,4%) e Rio Grande do Norte (45,2% no acumulado e média de 1,9% ao ano). 

Mato Grosso (154,7% entre 2002 e 2022 e média anual de 4,8%), Tocantins (153,1% e 4,8% ao ano) e Roraima (141,6% e 4,5% ao ano) tiveram os maiores crescimentos acumulados e anuais médios no período.

PIB per capita baiano em 2022 foi de R$ 28,5 mil, o 9º mais baixo do país, mas o maior do Nordeste

Em 2022, o PIB per capita baiano (valor do PIB dividido pela população estimada para o estado, no mesmo ano) ficou em R$ 28.483. Foi o 9º mais baixo entre as unidades da Federação e bem menor (-42,6%) do que o do Brasil como um todo (R$ 49.638). 

Apesar disso, a Bahia teve o maior PIB per capita do Nordeste. Todos os nove estados com menores PIB per capita são do Nordeste, puxados, em 2022, por Maranhão (R$ 20.633), Paraíba (R$ 21.662) e Piauí (R$ 22.279). 

No outro extremo, o maior PIB per capita brasileiro é o do Distrito Federal: R$ 116.713, mais do que o dobro do valor nacional. Em seguida, vinham Rio de Janeiro (R$ 71.850) e São Paulo (R$ 70.471).

Outras informações estão disponíveis na Agência IBGE Notícias.

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