‘Vamos seguir construindo um mundo justo e um planeta sustentável, diz Lula ao encerrar cúpula do G20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou, nesta segunda-feira (19), a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, com um discurso destacando os avanços alcançados durante a presidência brasileira do grupo.

Lula enfatizou os esforços do Brasil e dos países em desenvolvimento na promoção de ações globais voltadas à melhoria das condições de vida das pessoas, ao combate à fome e à pobreza, e à mudança climática.

“Hoje, o Brasil completa a penúltima etapa de uma sequência de quatro anos em que a liderança do G20 coube a países em desenvolvimento”, afirmou o presidente, destacando a contribuição das nações da Indonésia, Índia, Brasil e, agora, África do Sul, para trazer à mesa temas que atendem aos interesses da maioria da população mundial.

“Buscamos promover medidas com impacto concreto sobre a vida das pessoas”, completou, referindo-se às iniciativas que marcaram o período de presidência brasileira.

Lula ressaltou o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e o início de um debate inédito sobre a taxação de super-ricos, temas que, segundo ele, foram essenciais para dar voz aos mais vulneráveis e reforçar o compromisso do G20 com questões de justiça social. Ele também destacou as ações voltadas para o meio ambiente, como a inclusão da mudança climática na agenda dos Ministérios de Finanças e Bancos Centrais, além da aprovação do primeiro documento multilateral sobre bioeconomia.

Outro ponto importante do discurso foi o chamado para uma governança global mais eficaz e representativa.

“Fizemos um Chamado à Ação por reformas que tornem a governança global mais efetiva e representativa”, afirmou, mencionando também as discussões sobre o empoderamento das mulheres e a criação de um objetivo específico para promover a igualdade racial no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O presidente destacou ainda as conquistas nas áreas de saúde, inovação e energias renováveis.

“Criamos uma Coalizão para a Produção Local e Regional de Vacinas e Medicamentos, e decidimos expandir o financiamento para infraestruturas de água e saneamento”, afirmou.

Além disso, ressaltou a criação de uma força-tarefa para discutir a governança da inteligência artificial no G20 e o compromisso de triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030.

Lula também reconheceu a importância da colaboração entre os países para alcançar os resultados.

“Trabalhamos com afinco, mesmo cientes de que apenas arranhamos a superfície dos profundos desafios que o mundo tem a enfrentar”, disse, sublinhando que as lições aprendidas durante sua presidência serão fundamentais para os próximos passos do grupo.

No momento final de seu discurso, Lula passou a presidência do G20 para o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

Ele afirmou que essa transmissão de liderança não é apenas uma mudança formal, mas simboliza os vínculos históricos, econômicos, sociais e culturais entre a América Latina e a África.

“A África do Sul poderá contar com o Brasil para exercer uma presidência que vá além do que pudemos realizar”, disse, desejando sucesso a Ramaphosa na liderança do grupo.

Lula também fez uma referência às palavras de Nelson Mandela, que disse: “é fácil demolir e destruir; os heróis são aqueles que constroem”. O presidente brasileiro finalizou com um compromisso de continuar a construção de um mundo mais justo e sustentável.

“Vamos seguir construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, afirmou.

A Cúpula de Líderes do G20, que reuniu representantes das maiores economias do mundo, foi marcada por intensas discussões sobre os desafios globais e as soluções que podem ser implementadas para promover um futuro mais igualitário e sustentável.

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