Atividades do IFCS e IH da UFRJ são suspensas para reparos emergenciais

O Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e o Instituto de História (IH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciaram, nesta quinta-feira (22), a suspensão das atividades acadêmicas para reparos emergenciais nas instalações hidráulicas do prédio histórico localizado no Largo de São Francisco de Paula, no Centro da cidade do Rio.

O comunicado, divulgado pelas duas unidades, informa que, além das aulas, o Restaurante Universitário, que serve 800 refeições no almoço e 400 no jantar, também não funcionará nestes dois dias.

A interrupção das atividades ocorre após a detecção de falhas no sistema hidráulico, que demandaram ações imediatas. As direções dos institutos acionaram a empresa de manutenção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) para um reparo urgente, além de informar a administração superior da UFRJ sobre a situação.

As instâncias administrativas foram instadas a dar celeridade à resolução do problema, com a expectativa de retorno à normalidade no funcionamento do prédio o mais rápido possível.

Além do comunicado sobre os reparos, a suspensão das atividades acontece em um contexto de longa luta por melhorias estruturais na instituição. Na quarta-feira (20), os institutos divulgaram um manifesto, detalhando as condições do prédio e a necessidade urgente de intervenções. Desde 2022, os diretores do IFCS e IH haviam solicitado reparos em áreas como telhados, instalações elétricas e hidráulicas, e acessibilidade, entre outras.

Foto: Reprodução / Instagram

Contudo, segundo o manifesto, os reparos realizados até o momento foram pontuais e feitos por uma equipe reduzida, sem que houvesse uma solução definitiva para os problemas estruturais.

Recursos financeiros

A escassez de recursos financeiros tem sido um obstáculo para as obras mais complexas, que requerem a intervenção de órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Além disso, a burocracia das licitações públicas e a falta de autonomia financeira das unidades têm atrasado a conclusão de reformas essenciais. O impacto dessas falhas tem afetado diretamente o calendário acadêmico, com aulas suspensas devido a desabastecimentos de água, infiltrações, quedas de energia e falhas nos elevadores, entre outros imprevistos.

O manifesto dos institutos também destaca que o Restaurante Universitário, que serve toda a comunidade acadêmica do Centro, não passou por adequações estruturais para suportar o aumento de consumo de água e o crescente número de estudantes e servidores que frequentam o local. A falta de infraestrutura tem gerado problemas no escoamento de lixo e no acesso para contêineres de alimentos, agravando ainda mais as condições do prédio.

Os institutos, que ocupam o prédio mais antigo da UFRJ e oferecem uma série de serviços de grande importância para a universidade, como a biblioteca e eventos acadêmicos, pedem uma solução rápida e efetiva para que possam continuar funcionando com qualidade.

O IFCS e o IH reforçam que, embora reconheçam os esforços de restauração feitos até o momento, é necessário garantir não apenas reparos de longo prazo, mas também ações emergenciais para evitar que novos incidentes comprometam o ensino e as atividades de extensão.


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A situação também é agravada por problemas financeiros enfrentados pela universidade. Em novembro, a UFRJ teve cortes no fornecimento de energia elétrica e água em várias de suas unidades devido a dívidas acumuladas com as concessionárias Light e Águas do Rio, o que afetou ainda mais a rotina acadêmica.

O incidente no Centro de Ciências da Saúde, com o desabamento do teto do Instituto de Biologia, e outros desastres estruturais, como desabamentos em unidades da Escola de Educação Física, demonstram a precariedade das instalações da universidade.

A administração da UFRJ tem buscado alternativas para resolver a crise financeira, como o pedido de suplementação orçamentária junto ao Ministério da Educação (MEC), mas a falta de recursos tem dificultado as ações mais urgentes.

No manifesto, as direções do IFCS e IH apelam para a reitoria e outras instâncias superiores que priorizem as reformas estruturais e a manutenção preventiva dos prédios históricos, para garantir o funcionamento acadêmico da universidade e a preservação de seu legado histórico e educacional.

Procuradas pelo DIÁRIO CARIOCA, as instituições não haviam retornado até a publicação desta matéria.

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