Kings of Leon prova que time reserva também ganha jogo

O Kings of Leon foi a última banda a pisar no palco principal do Lollapalooza neste sábado (23). Apesar de entrar como substituto do Paramore, que cancelou sua passagem no festival, a banda provou que o time reserva também tem o coração da torcida. E até ganha jogo.

O público acompanhou em coro a setlist, que foi apoiada, especialmente, no disco “Only by the Night”, com os maiores hits da banda. Foi com ele que o Kings of Leon se destacou no início dos anos 2010, com os singles “Use Somebody” e “Sex on Fire”. A última, inclusive, foi a responsável por encerrar a apresentação.

O show, de maneira geral, trouxe um clima rockeiro intimista. O palco estava climatizado com uma luz amarela, os telões em preto e branco em quase toda a performance, e o vocalista Caleb Followill pouco se movimentou. A primeira interação com o público veio no meio da apresentação. “Estamos felizes de estar aqui”, disse, sem quase esboçar um sorriso. O público do Lolla comprou, e o show seguiu.

Do meio para o fim, a banda assumiu uma postura menos intimista, mais rock’n’roll. O preto e branco do telão deram lugar a imagens psicodélicas, e o baterista Nathan Followill (sim, é uma banda de família, e ele é irmão do vocalista) soltou a mão.

A última passagem do Kings of Leon no Brasil aconteceu em 2019, neste mesmo Autódromo de Interlagos, neste mesmo festival. Esta é a sexta passagem deles por terras brasileiras.

Caleb, que é um vocalista exímio, diga-se de passagem, fez poucas interrupções durante o show. Agradeceu aqui e ali, elogiou os fãs brasileiros e reforçou sua felicidade em estar no palco principal do festival.

Os momentos mais apoteóticos vieram, sem dúvida, com as faixas mais famosas da banda, citadas acima. Em “Use Somebody”, bastou um “vamos lá” do líder que a mensagem foi entendida pelo público. O coro acompanhou o ‘uououo’ chiclete do refrão como quem conhece a letra de trás para a frente. E conhece mesmo.

O fim triunfal veio com “Sex on Fire”. A cor vermelha tomou conta do palco, e o refrão tão chiclete quanto o anterior foi acompanhado por um público, com o perdão do trocadilho, incendiado pelo Kings of Leon.

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