O que sabemos sobre o ciclone-bomba nos Estados Unidos

Nesta semana, a costa dos EUA foi atingida por um fenômeno raro e com alto poder destrutivo, conhecido como ciclone-bomba. Apesar do nome, ele não está ligado a explosões, mas causa ventos muito fortes como um furacão e chuvas intensas. Também fortaleceu a formação de um rio atmosférico que terá impacto no estado da Califórnia nos próximos dias, podendo causar mais inundações e deslizamentos de terra. 

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  • Rios atmosféricos ficarão mais frequentes e intensos com o aquecimento global

Imagens impressionantes do ciclone-bomba, em movimento a partir do Oceano Pacífico, foram capturadas pelo satélite GOES-18, da NASA. Segundo o Weather Channel, a tempestade causou rajadas de vento de mais de 100 km/h. 

 

O fenômeno provocou a queda de árvores, acidentes e cortes de energia generalizados em Washington, Oregon e Califórnia. Partes do Canadá também foram afetadas. Duas mortes já foram confirmadas pelas autoridades locais. Vale observar que um ciclone-bomba não é algo inédito nos EUA, e já foi identificado outras vezes, como em dezembro de 2020.


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Ciclone-bomba e rio atmosférico

O ciclone-bomba pode receber nomes diferentes, como bomba meteorológica, ciclone explosivo ou ciclogênese explosiva. Ele se forma quando há uma queda acentuada e rápida da área de pressão de um ciclone extratropical. Isso normalmente ocorre em regiões onde massas de ar quente e frio se encontram.

Agora, um rio atmosférico é como uma “rio invisível” de umidade no céu, que transporta grandes quantidades de vapor d’água. Quando esse vapor se choca com montanhas ou com uma frente fria, ele se condensa, provocando chuvas intensas. Sozinho, um rio atmosférico não é algo negativo e ele já foi observado na Califórnia no passado.

Ciclone-bomba e rio atmosférico deixam rastro de destruição nos EUA e no Canadá, com duas mortes confirmadas oficialmente (Imagem: CIRA/CSU)

Nos EUA, o problema é que o ciclone-bomba intensificou os ventos e concentrou a umidade. Isso deu mais força para o rio atmosférico, que corre em direção ao estado da Califórnia. A soma deles resulta em tempestades fortes, ventos devastadores e chuvas torrenciais. Também deve gerar a formação de neve.

Rastro de destruição nos EUA

Além da morte oficial de duas pessoas, o ciclone-bomba deixou um rastro de destruição, com queda de árvores, bloqueio de vias, inundações e apagões nos EUA. Centenas de milhares de pessoas estão sem eletricidade.  

“Prevemos uma interrupção de vários dias e incentivamos os clientes com necessidades críticas a fazer planos alternativos enquanto trabalhamos para avaliar a situação e restaurar a energia”, informou uma empresa norte-americana responsável pelo fornecimento, em nota.

Segundo a BBC, mais de 100 mil pessoas ficaram sem energia elétrica na última quarta-feira (19) na parte do Canadá atingida pelo fenômeno. No entanto, os estragos por lá foram menores.

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