Suborno à atriz: anúncio da sentença de Trump é adiado indefinidamente

O juiz Juan Merchan, responsável por supervisionar o julgamento do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Nova York, concordou em adiar indefinidamente a sentença de Trump pela compra do silêncio da atriz pornô Stormy Daniels. O anúncio da sentença estava agendado para a semana que vem.

Após pedido da defesa do republicano, o juiz, que deveria divulgar a sentença na próxima terça-feira (26/11), suspendeu os prazos atuais da ocorrência. Os advogados de Trump reforçam a pressão sobre o tribunal para que a condenação seja invalidada por conta da imunidade presidencial, estabelecida em julho pela Justiça americana. A defesa também argumentou sobre a possibilidade de prejudicar ou interferir o futuro comando do magnata na Casa Branca.

Juan ordenou que a defesa envie os documentos até 2 de dezembro e que os promotores devem responder até 9 de dezembro. A defesa de Trump solicitou o prazo até 20 de dezembro para protocolar o pedido.

Uma nova data para a sentença ainda não foi definida pelo juiz, que não fez nenhuma declaração a mais sobre a prorrogação do caso. Para a equipe do republicano, o adiamento da sentença representa uma vitória para o presidente eleito, que retornará em janeiro à Casa Branca.

Nas últimas semanas, essa é a terceira vez que o juiz resolve adiar a resposta definitiva em relação ao caso.

O caso

Em março de 2023, Trump foi acusado formalmente pelo promotor público de Manhattan por um suposto pagamento de $ 130 mil (cerca de R$ 420 mil) à ex-atriz de filmes pornô Stormy Daniels, para que ela mantivesse silêncio sobre uma relação extraconjugal com o magnata em 2006. Trump nega todas as acusações sobre ele.

O argumento usado pelos promotores é de que Trump realizou esse pagamento para encobrir um possível escândalo que o prejudicasse nas eleições presidenciais dos EUA, em 2016. A defesa do magnata vem buscando diversas formas de evitar qualquer sentença contra Trump antes do seu retorno à Casa Branca.

Em 30 de maio de 2024, Trump foi condenado por 34 acusações de fraude em primeiro grau por 12 jurados.

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