Donald Trump articula contra a esquerda e mira liderança conservadora para a OEA

Washington – O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou articulações para influenciar a escolha do próximo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), prevista para 2025.

Trump busca consolidar uma liderança alinhada à sua política conservadora e contrária à expansão de regimes de esquerda na América Latina.

Recentemente, Trump recebeu em sua residência na Flórida o chanceler paraguaio Rubén Ramírez Lezcano, apontado como um dos favoritos ao cargo. Durante o encontro, discutiram temas como a situação política na Venezuela, Cuba e Nicarágua, além de possíveis alianças estratégicas.

A visita, interpretada como endosso à candidatura de Lezcano, reflete o interesse dos EUA em usar sua contribuição de 60% ao orçamento da OEA para reforçar a influência americana na região.

Lezcano como peça-chave da estratégia americana

O chanceler Rubén Ramírez Lezcano tem se destacado por adotar uma postura crítica às eleições venezuelanas e fortalecer o apoio à Taiwan em detrimento da China. Sua proximidade com os Estados Unidos reforça sua candidatura como parte de uma estratégia para conter a expansão de China, Rússia e Irã na América Latina.

Além disso, Lezcano se encontrou recentemente com Elon Musk para propor o Paraguai como destino de novos investimentos. Analistas avaliam que essas ações fortalecem sua posição como um dos principais nomes para suceder o atual secretário-geral da OEA, Luis Almagro.

Outros candidatos em disputa

Além de Lezcano, outros nomes são cotados para o comando da OEA. Entre eles:

  • Iván Duque, ex-presidente da Colômbia, que teve relações próximas com Trump, especialmente em pressões contra o governo de Nicolás Maduro.
  • Ivonne Baki, embaixadora do Equador e colaboradora de Trump desde os anos 2000.

A proximidade desses candidatos com a agenda conservadora americana os coloca em vantagem na disputa.

Papel da OEA na agenda americana

A atuação da OEA durante o governo Trump incluiu denúncias de irregularidades eleitorais e apoio a intervenções políticas na região. A nova articulação para escolher o próximo líder reflete o objetivo de retomar esse protagonismo, com um foco ampliado na promoção de eleições livres e no combate a regimes autoritários.

Influência de Carlos Trujillo

Na equipe de transição de Trump, destaca-se a figura de Carlos Trujillo, ex-embaixador americano na OEA. Conhecido por suas posições duras contra regimes autoritários, Trujillo tem defendido uma postura mais ativa da organização, embora seja alvo de críticas por suposta desinformação durante a crise na Bolívia em 2019.

Qual o papel da OEA na América Latina?

A OEA promove a cooperação entre os países do continente, com foco em direitos humanos, democracia e segurança regional.

Por que a liderança da OEA é estratégica para os EUA?

Comandando 60% do orçamento da organização, os EUA veem a OEA como uma ferramenta para manter sua influência na América Latina e enfrentar potências como China e Rússia.

Quem é Rubén Ramírez Lezcano?

O chanceler do Paraguai é uma figura alinhada aos interesses americanos, com histórico de apoio a Taiwan e críticas aos regimes de esquerda na região.

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