Com Mineirão lotado, Léo Santana celebra companhia ‘delas’ em gravação de especial

Não foi difícil de prever: um show do “GG” no gigante Mineirão tinha tudo para transformar a tarde e a noite do sábado (23) em mais uma celebração da carreira de Léo Santana — hoje, artista maioral do pop brasileiro seja pela quantidade de hits que fornece a cada carnaval, seja pelo imenso carisma que transborda dos seus dois metros de altura. Capa de fevereiro da Billboard Brasil, o cria do Boa Vista do Lobato, bairro de Salvador, fez Minas Gerais sentir saudade das micaretas que inundaram o Estado na década passada.

Em show que celebra as mulheres de sua biografia e as divas da música pop brasileira, Léo fez da gravação do projeto “Léo e Elas” um palco para reafirmar trajetória que começou no grupo Parangolé e no hit “Rebolation” e estende-se em forma de hitmaker. A cada convidada do projeto, a fórmula de um pagodão baiano aglutinador de arrocha, sertanejo, funk, reggaeton apontava que o cantor e compositor tem seus méritos também pela pesquisa e confiança na música de paredão brasileira, uma outra “MPB”, mais dançante, vibrante e com mais inéditas (e potenciais hits) em jogo. Ao todo, foram 17 faixas inéditas apresentadas.

Com IZA, Léo apresentou “É Pra Balançar”, swingueira que fez a voz grave da cantora encontrar porto seguro-dançante, coisa rara na discografia da própria.

Com a boiadeira Ana Castela, lançou “Dois Discaradinhos”, faixa que contempla a sertaneja com uma pegada próxima de seu cancioneiro, mas que envolve o público de Léo por ser, como de praxe, preenchida pelo toque das bacurinhas.

Com Simone Mendes, testou a safada “Língua Doce” que pergunta “cadê a dona do melzinho dessa cidade?”, também carregada com a assinatura pagodeira do produtor Rafinha RSQ.

Com Ivete Sangalo, meteu a romântica “Um Motivo” e, então, fez o Mineirão inteiro, pela primeira vez, embalar junto a gravação do DVD.

Por cima de melodia hipnótica, fez dupla com Mari Fernandez em uma das melhores pagodeiras da noite, “Duas Pedaladas”.

Depois da celebração, o cantor fez o que havia prometido momentos antes do início do show quando fez referência à Beyoncé, dizendo que o show, apesar de ser uma gravação, não seria monótono ou repetitivo para aqueles que lotariam o Mineirão. Passada as participações, Léo comandou a massa como fazia, há uma década, na própria Belo Horizonte, em festivais dedicados à música baiana: era gente pra lá, era gente pra cá e, de quebra, ainda conseguiu fazer toda uma plateia dançar em direção ao gol oposto do palco.

O GG também fez apresentou releituraas de sucessos como “Balacobaco” — sucesso da época em que comandava o Parangolé, e “Rainha”, que contou a presença da esposa e dançarina Lore Improta.

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