Campanha #NãoVoltaMaria alerta sobre violência doméstica em Salvador

A campanha #NãoVoltaMaria realizou intervenções em vários pontos de Salvador (BA) para o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, comemorado nesta segunda-feira (25/11). A ação é uma iniciativa da ONU Mulheres em parceria com o Instituto Glória e a Prefeitura de Salvador.

Nos dias 24 e 25 de novembro, nos bairros do Itaigara e Ribeira, faixas com mensagens aparentemente românticas, como pedidos de perdão e promessas de mudança, foram instaladas para chamar a atenção para a fase da “lua de mel” no ciclo da violência doméstica. Essa etapa é conhecida por ser uma estratégia usada por agressores para manipular suas vítimas e tentar reaproximação.

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Salvador foi escolhida como palco da ação devido aos altos índices de feminicídio registrados no estado da Bahia.

Salvador foi escolhida como palco da ação devido aos altos índices de feminicídio registrados no estado da Bahia.
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Salvador foi escolhida como palco da ação devido aos altos índices de feminicídio registrados no estado da Bahia.

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Salvador foi escolhida como palco da ação devido aos altos índices de feminicídio registrados no estado da Bahia.

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A iniciativa buscou destacar a importância de romper o ciclo da violência, que, segundo o Instituto Maria da Penha, é composto por tensão, agressão e reconciliação. Além disso, a intervenção urbana engajou a sociedade nas redes sociais, promovendo a hashtag #NãoVoltaMaria, amplamente compartilhada por influenciadoras como Paolla Oliveira, Claudia Leitte e Nathalia Arcury.

Ana Carolina Querino, representante interina da ONU Mulheres, enfatizou que o enfrentamento à violência doméstica exige mudanças profundas na sociedade.

“Conhecer seus direitos, saber como exercê-los e onde buscar apoio em situações de violência são passos primordiais. Transformar normas sociais que toleram a violência baseada no gênero é indispensável”.

Altos índices de feminicídio na Bahia

Salvador foi escolhida como palco da ação devido aos altos índices de feminicídio registrados no estado da Bahia. Entre 2017 e 2023, ocorreram 672 casos, sendo que 92,6% dos crimes foram cometidos por parceiros íntimos das vítimas. Os dados são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

A campanha reforça a necessidade de fortalecer redes de apoio às vítimas e de transformar normas sociais que toleram a violência de gênero.

Denúncia e apoio

A ação também destaca a importância de denunciar casos de violência doméstica. O canal 180 oferece atendimento gratuito e confidencial, auxiliando mulheres a encontrar segurança e apoio.

Desenvolvida pela agência Artplan, a campanha ressalta que o enfrentamento à violência doméstica depende de uma conscientização coletiva e da garantia de que as mulheres não sejam condenadas ou penalizadas simplesmente por sua condição de gênero.

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