Golpistas planejavam ‘Lula não sobe na rampa’ com tanques e cadeia de rádio, diz PF

Brasília – A Polícia Federal (PF) revelou detalhes de um plano golpista articulado no final de 2022 para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

O relatório, que foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mostra que a estratégia envolvia medidas extremas para obstruir a transição de governo e desestabilizar as instituições democráticas.

Entre os destaques está um documento chamado “Lula não sobe a rampa”, que demonstrava claramente a intenção de barrar a posse de Lula, frustrando a vontade popular nas urnas.

O general Braga Netto é identificado como um dos principais articuladores desse plano. De acordo com o relatório, ele teria agido com uma “clara intenção golpista”, buscando subverter a ordem constitucional por meio de uma interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição Federal, tentando justificar ações autoritárias para sustentar um golpe de Estado.

O que estava previsto no plano golpista?

O plano, que foi parcialmente apreendido pela PF, incluía uma série de ações para impedir a posse de Lula e obstruir o funcionamento dos órgãos responsáveis pela transição de governo. Um diagrama manuscrito chamado “Operação 142” foi encontrado com um assessor de Braga Netto, detalhando as ações que seriam tomadas para desestabilizar as instituições democráticas.

O diagrama indicava, por exemplo, a mobilização de tropas nas ruas, a realização de discursos golpistas em cadeia nacional de rádio e TV, e o engajamento de juristas e formadores de opinião para pressionar pela anulação das eleições. Além disso, o plano contemplava ações para limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), essenciais para o processo democrático e a legitimidade do governo eleito.

Quais as implicações para as instituições democráticas?

De acordo com a investigação, o golpe de Estado visava a subverter o Estado Democrático de Direito e abolir as funções do poder judiciário, especialmente o STF e o TSE, que desempenham um papel crucial na manutenção da ordem constitucional. As evidências reveladas pela Polícia Federal mostram que o plano tinha como objetivo enfraquecer as instituições que garantem a estabilidade política do Brasil.

A tentativa de golpe foi frustrada pela resistência das instituições democráticas, que mantiveram sua autonomia e continuaram com o processo de transição de forma legal e pacífica. No entanto, a gravidade das ações e o planejamento de um golpe de Estado configuram um dos maiores desafios à democracia brasileira desde a redemocratização.

O papel de Braga Netto no esquema golpista

O relatório destaca o general Braga Netto como uma figura central na tentativa de golpe. Ele foi apontado como responsável por organizar e coordenar os esforços para derrubar a ordem democrática, com a intenção de legitimar o golpe por meio de uma interpretação errônea do artigo 142 da Constituição. A participação de Braga Netto é vista como um movimento arriscado, com potencial para criar um impasse institucional de grandes proporções no país.

Entenda, saiba mais e tire suas dúvidas

O que é o artigo 142 da Constituição?
O artigo 142 trata das Forças Armadas e seu papel na defesa da pátria, da ordem constitucional e das instituições. No entanto, o uso indevido desse artigo foi citado no plano golpista para justificar a ação militar contra o governo eleito.

Qual foi o papel da Polícia Federal nas investigações?
A Polícia Federal atuou na coleta de evidências, como documentos e diagramas, que comprovaram a existência de um plano golpista. A PF também rastreou as comunicações entre os envolvidos e os movimentos estratégicos para a execução do golpe.

Por que o plano foi interrompido?
O plano golpista não se concretizou porque as instituições democráticas do Brasil, como o STF e o TSE, resistiram às pressões e mantiveram a transição de poder. A postura firme das lideranças e a união dos órgãos de justiça impediram a implementação do golpe.

Quais são as consequências para os envolvidos no golpe?
Os envolvidos, incluindo Braga Netto, enfrentam acusações graves relacionadas a tentativa de golpe de Estado e subversão da ordem constitucional. Eles podem ser processados e condenados por seus atos antidemocráticos.

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