Marielle: suposto mandante votou com STF para manter deputados presos

Preso nesse domingo (24/3) como um dos supostos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSol), o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) verá seus colegas de Câmara decidirem nesta semana, no plenário da Casa, se mantêm ou não sua prisão determinada pelo STF.

A previsão consta no artigo 53º da Constituição Federal, que prevê que, quando membros do Congresso são presos, os autos devem ser remetidos pelo Judiciário dentro de 24h à respectiva Casa Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, decida se mantém ou não a prisão.

No passado, Chiquinho votou na Câmara para chancelar medidas restritivas contra dois colegas parlamentares. Em 2021, por exemplo, ele foi um dos 364 deputados que votaram para manter a prisão do bolsonarista Daniel Silveira determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Atualmente sem mandato parlamentar, Silveira foi preso e julgado pelo Supremo após fazer ameaças públicas contra ministros da Corte. A Câmara acabou chancelando a prisão do parlamentar, que atualmente cumpre pena no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro.


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Caso Wilson Santiago

O suposto mandante da morte de Marielle Franco também votou contra o deputado federal Wilson Santiago (Republicanos-PB) em 2020. Na ocasião, Santiago foi afastado do mandato de deputado pelo então ministro Celso de Mello por suspeita de superfaturamento em obras na Paraíba.

O deputado do Republicanos, entretanto, teve mais sorte que Daniel Silveira. Apesar do voto favorável de Chiquinho Brazão, o afastamento de Wilson Santiago acabou não sendo aprovado pela Câmara. Eram necessários 257 votos pelo seu afastamento, mas apenas 233 deputados votaram a favor.

No caso de Chiquinho, a previsão é de que o STF notifique a Câmara sobre a prisão nesta segunda-feira (25/3) e que a Casa analise a decisão ainda nesta semana. Para que a prisão seja mantida, são necessários votos de, no mínimo, 257 dos 513 deputados. A votação é aberta.

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