É minha cepa, ora essa!

Palavras de Alegria.

Permitam-me, caros leitores, que extravase um pouco da minha alegria com o sucesso de meu filho, Dr. Manoel Cabral Machado Neto, que encerrou sua gestão à frente do Ministério Público de Sergipe, e também com a conquista de meu neto, Pedro Henrique Cabral Martins, no Concurso Vestibular para Medicina da Universidade Tiradentes.

Seguem, portanto, dois textos contendo o regozijo, meu e de minha Tereza, com este duplo acontecimento que enaltece sobremodo o nosso prosseguir; o do Filho, que se destaca no alto respeito de seus Pares e da Sociedade Sergipana, e do Neto, que em sendo muito fera em aplicação e estudo, agora está “Verdadeiramente “Fera”, ingressando no Curso Superior, preservando ainda a sua basta cabeleira.

É minha cepa: Ora essa!

Sirvo-me de um mote sempre utilizado pelo Jornalista e Odontólogo, Jurandyr Cavalcanti (1923-2010), quando mantinha por décadas uma seção de “Notas e Comentários” nos Jornais de Aracaju, e no Jornal da Cidade, salve engano.

O mote era um comentário rápido e explicativo, afinal a nota ali bem valia o destaque com um “ora essa!”, sorridente e assaz xistoso, por bem ali estar, e merecer, a sua exaltação em melhor valia.

Era um “ora essa!”, mais que orgulhoso, explicitando a noticia como maior feito enaltecido na sua coluna que  merecia um fecho terminal e magistral derradeiro, porque ali voejava como águia um pai muito orgulhoso, vendo os voos amplos de sua prole, seguir alçando glórias, numa extensão dele também, naquele triunfo ali acontecido em continuidade dos desafios da vida. “O Dr. Jurandyr, dizia ele: é meu filho, ora essa!”

Vejo-me, repetindo igual ao amigo Jurandyr Cavalcanti, com o encerramento da missão do Dr. Manoel Cabral Machado Neto, como Procurador Geral de Justiça do Estado de Sergipe, meu filho do meio, concluindo seu 2º Mandato, conquistado via confiança de seus pares.

Foram dois mandatos eleitos, consecutivamente, quatro anos de uma gestão sóbria, construtiva e pacificadora,.

Pelo menos foi assim que contemplei, como cidadão comum distanciado, tal missão operosa e sem alardes, à frente do Ministério Público Sergipano, onde o Dr. Machado primou por absoluta correção e retilínea sobriedade, sem jamais ceder aos encantos ilusórios das sereias, em louvações laudatórias, despertadas em todas as ameias escandidas, e nas semeias vãs ali encobrindo as movediças areias, todo lodaçal que desafia a precisão do bom timão e da boa rédea, nos mares baixios perigosos, e nos viajares desafios que a vida a todos impõe.

Imposições vagas vencidas, eis que hoje, 25 de novembro de 2024, a missão está concluída, momento de agradecer a Deus, nada que Ele assim o necessite da tosca e fosca gratidão dos homens, ou por inútil confissão, que os descrentes a creem tola, em menoscaba expressão, de uma fingida, por fúngica, gratulação.

No meu viver, a Deus, temos que agradecer e dizer todos os momentos como o salmista ao som da harpa e dos Santos Padres da Igreja, em juramento e jaculatória por tonsura e confiança ; “Ad Deum, qui laetificat juventutem meam!”

Ao Deus de bondade que nos alegra o existir, em plena e continuada juventude, porque tudo é Dom de Deus, e nada terá assim acontecido, por esforço único do homem.

De forma que todo empenho deve ser por continuada meta a vencer e ultrapassar os obstáculos, quebrando até os limites físicos que aos atletas se impõem, tudo vindo no final, por absoluto dom de Deus.

E que o homem nunca se glorie além disso!

Ou que se glorie, no que desejar, em sua fugaz ilusão, afinal ao homem sempre cabe tempo para todas as vaidades, mesmo relembrando o célebre conselho romano aos seus centuriões e atletas nas vitórias: “memento mori”, de uma mortalidade comum olvidada, perante o sufoco dos aplausos.

Se o aplauso é a comum aprovação das fragilidades humanas, perante aquilo que restou bom feito e executado, recolho para mim, nesse 25 de novembro de 2024, o sucesso de meus filhos bem-amados e melhor criados, Daniela, Machado e Odilon Junior, por mim e minha Tereza, louvando agora o nosso Machado, nesse momento do ocaso da sua gestão terminada, onde foi um nosso atleta vitorioso, valendo sobremodo a imortalizada verve de Jurandyr Cavalcanti: “Ele é meu filho, ora essa!”

Que posso dizer se fui um bom reprodutor e um melhor educador!

É minha cepa, ora essa!

E se foi assim com o filho, agora dentro da mesma cepa por mim iniciada, falo do Neto em sequente alegria.

Meu querido Pedro Henrique,

Meses atrás, pediram-me para fazer-lhe uma mensagem e eu a repito hoje, após saber a notícia do seu sucesso no Vestibular de Medicina na UNIT.

Que poderei dizer a meu Pepo querido, justo agora quando está a encerrar o seu Curso Colegial sempre aplicado e estudioso.

Breve você estará ingressando num curso Universitário onde o aguardam muitas vitórias.

A vida é assim; cheia de desafios; uma espécie de corrida de obstáculos como se fosse uma olimpíada em busca do pódio e do alcance de medalhas.

E se as medalhas não chegarem agora; um dia elas virão!

Você pertence a minha segunda geração de atletas, porque eu sempre procurei ser um formador de esportistas, um preparador de jovens para as contendas da vida, ensinando-os a empalmar os troféus auferidos nas batalhas do existir, só com o próprio mérito e sem quaisquer alardes.

Você me lembra uma menininha, sua mãe, que era danada nos estudos, sendo exemplo a seguir pelos irmãos que a seguiram, cada um prosseguindo em seus próprios caminhos.

E você, meu Pepo querido, você é um danado!

Quando você quer e assim campeia, ninguém o ultrapassa na corrida!

Você não falseia, não faz gol em fraude, não usa do engodo na conquista, porque não precisa, jamais!, da vitória imerecida!

Porque a vitória fraudulenta, qualquer uma, mancha, enodoa, persiste para sempre indevida! E dela você não necessita!

Previna-se, em outra via, do contendor ao qual nada assim o envilece nem mesmo o deseduca.

Porque ele, o mal peleador, estará sempre presente e camuflado, como um escorpião peçonhento em todas as raias do competir, sendo mais que necessário exortar a recomendação do Evangelho de Mateus, que a você bem cabe repetir como bom apóstolo, que todos devemos ser, e por ser você um meu atleta jovem a prosseguir: “Eu os estou enviando como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas”.

No mais, use todo seu esforço e entendimento, porque nós, seus pais e avós estaremos ao seu lado.

Seu avô Odilon, por mim e por minha Tereza.

Que posso acrescentar? É minha cepa, ora essa!

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