EUA sancionam aliados de Maduro por fraude eleitoral

Os Estados Unidos aplicaram nesta quarta-feira (27) sanções contra 21 autoridades da Venezuela, acusando-as de repressão e tentativa de fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho. Na ocasião, Nicolás Maduro foi declarado reeleito, mas o resultado é amplamente contestado pela oposição e por parte da comunidade internacional.

Segundo o secretário de Estado Antony Blinken, as medidas visam responsabilizar Maduro e seus aliados por ações que enfraqueceram a democracia no país. “Estamos agindo novamente hoje para responsabilizar Nicolás Maduro e seus representantes por minar o processo eleitoral e reprimir o povo venezuelano”, afirmou

Blinken em nota oficial. Ele também destacou abusos generalizados, como repressão, detenções em massa e até assassinatos praticados pelo aparato de segurança do governo venezuelano.

Entre os sancionados estão ministros do governo Maduro, como Aníbal Coronado, Freddy Ñáñez e Julio García Zerpa, além de oficiais das forças de segurança, incluindo Alexis Rodríguez Cabello, primo do ministro Diosdado Cabello, e Javier Marcana Tabata. Todos tiveram seus bens nos Estados Unidos bloqueados, e transações financeiras com eles foram proibidas.

As sanções integram um esforço mais amplo do governo americano para pressionar Maduro. Desde 2019, quando Donald Trump liderou o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino, os Estados Unidos vêm adotando medidas semelhantes. Blinken reforçou que “continuaremos trabalhando com nossos parceiros internacionais para defender as liberdades democráticas na Venezuela”.

Além disso, foram impostas restrições de visto a quase 2 mil pessoas envolvidas em atos de repressão ou que contribuíram para a manipulação do processo eleitoral. As ações foram tomadas com base na Proclamação Presidencial 9931 e em decretos executivos que expandem a definição de “Governo da Venezuela” para incluir aliados de Maduro.

A oposição venezuelana, liderada por Edmundo González Urrutia, reconhecido como presidente eleito pelos EUA, afirma ter provas da vitória nas urnas. González planeja voltar ao país em janeiro para assumir a presidência, mesmo sob risco de prisão. “Estou moralmente preparado para qualquer eventualidade”, declarou ele recentemente.

O governo de Joe Biden também apontou que as ações coordenadas entre Tesouro e Departamento de Estado buscam fortalecer a pressão internacional sobre Maduro. “Fazer esse reconhecimento aumenta a pressão sobre o regime”, declarou um alto funcionário americano.

As sanções agora incluem 180 indivíduos e reforçam o isolamento de Maduro no cenário internacional.

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