5 galáxias perfeitamente alinhadas desafiam compreensão do universo

Astrônomos descobriram cinco galáxias anãs enfileiradas em uma linha quase reta, com três delas girando na mesma direção, desafiando uma das hipóteses mais importantes para o modelo cosmológico padrão. A descoberta pode mudar os rumos das teorias sobre a evolução do universo.

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Embora não se saiba do que a matéria escura é feita, os cientistas consideram que ela desempenha um papel crucial em manter a coesão das galáxias e de outras grandes estruturas cósmicas, atuando como uma das grandes forças gravitacionais do universo.

A teoria da matéria escura fria (CDM) prevê que as galáxias se formaram no universo jovem em agrupamentos desordenados. Contudo, há outras propostas, como a matéria escura quente (WDM).


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Partículas hipotéticas candidatas a componentes da WDM não se aglomeram tão bem quanto as de CDM. Como resultado, se o universo for povoado pela matéria escura quente em vez da fria, a formação de galáxias sincronizadas em posição e movimento seria possível.

As galáxias D1, D2 e ​​D5 giram na mesma direção, cotrariando o modelo convencional de matéria escura fria (Imagem: Reprodução/Sanjaya Paudel et al 2024 ApJL/Legacy survey viewer)

Com a descoberta das cinco galáxias alinhadas, os astrônomos cogitam que o modelo da matéria escura fria pode ser equivocado. O grupo galáctico parece estar enfileirado em uma linha quase vertical de norte a sul, uma configuração “não vista com frequência em simulações de CDM”, disse o autor principal do estudo Sanjaya Paudel.

Além disso, três dessas galáxias giram na mesma direção, indicando que provavelmente se originaram de uma única nuvem gigante de gás. Essa descoberta desafia o modelo de matéria escura fria, que prevê agrupamentos caóticos sem alinhamento preferencial, especialmente em galáxias anãs.

É muito cedo para descartar o modelo de matéria escura fria, que conta com evidências o suficiente para se tornar o paradigma da cosmologia. Mas se outras galáxias alinhadas como essas forem encontradas, talvez os astrônomos tenham que repensar suas explicações sobre o universo escuro.

O artigo foi publicado no The Astrophysical Journal Letters.

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