Rio: ex-deputado Natalino Guimarães é preso por suspeita de grilagem

O ex-policial civil e ex- deputado estadual pelo Rio de Janeiro Natalino José Guimarães foi preso, nesta terça-feira (10/12), pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com o apoio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), pela suspeita de realizar grilagem de terras em Búzios, Rio de Janeiro.

Além da prisão de Natalino, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa responsável pela prática de grilagem, na região de Armação dos Búzios, litoral fluminense.

Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e foram cumpridos em diversos endereços nos municípios de Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras e na capital carioca.

Foram foram denunciadas 12 pessoas por crimes ambientais, parcelamento irregular de solo urbano e outros ilícitos, na Operação Nova Grilagem.

Segundo o MPRJ, as investigações tiveram início “a partir de notícias-crime comunicando a ocorrência de invasões de terras por grupos armados em diversos terrenos, na região da Estrada da Fazendinha”. A denúncia apresentada pelo MPRJ, diz que “o grupo estaria em atividade desde o ano de 2020, utilizando práticas violentas e fraudulentas para ocupar e comercializar terrenos na região”.

“As apurações revelaram que a organização utilizava seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, desmatava áreas protegidas e promovia queimadas”, afirmou o MPRJ.

A denúncia apresentada ainda aponta que o grupo usava ações judiciais sem decisões favoráveis como argumento para justificar a invasão e comercialização dos terrenos, uma vez que com o ajuizamento de ações e sem decisão judicial, “os líderes promoviam a invasão violenta das terras e colocavam seguranças 24 horas nas áreas invadidas. Após as invasões, desmatavam com retroescavadeiras e motosserras as áreas invadidas, reloteavam a área e passavam a vender os terrenos”.

O MPRJ, em denúncia, ainda destaca que o grupo se aliou a uma empresa sediada em Campo Grande para promover o loteamento da área invadida e venda dos terrenos.

Os criminosos ainda deram lotes a figuras conhecidas por envolvimento com a milícia como moeda de troca na “prestação de serviço de segurança das invasões promovidas”.

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