Satélites que vão criar eclipses solares artificiais são lançados

A Agência Espacial Europeia (ESA) lançou sua missão Proba-3, composta por satélites que vão criar eclipses solares artificiais. O lançamento foi realizado por um foguete PSLV-XL, da agência espacial indiana ISRO, no Centro Espacial Satish Dhawan.

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A Proba-3 conta com um sistema de dois satélites que levaram mais de uma década para serem produzidos. A ideia é que os satélites se separem em cerca de um mês, ficando a 150 m de distância entre si assim que chegarem aos seus respectivos destinos em órbitas de 600 km a 60 mil km. 

Desta forma, eles vão se alinhar e projetar sombra um no outro, mantendo suas posições com a ajuda de GPS, lasers e outros dispositivos. O procedimento exige precisão de apenas 1 milímetro, o equivalente à espessura das unhas. 


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Para criar as sombras, os satélites contam com discos que vão bloquear a luz solar na perspectiva do telescópio do outro satélite. É por isso que dizemos que a Proba-3 vai criar eclipses solares artificiais: durante estes fenômenos, a Lua cobre total ou parcialmente o Sol. Já no caso dos satélites, o disco vai ter o papel do nosso satélite natural em um eclipse do tipo.

Representação de como os satélites Proba-3 vão criar eclipses solares artificiais (Imagem: Reprodução/ESA – P. Carril, 2013)

Eles vão levar aproximadamente 20 horas para completar uma órbita ao redor da Terra. Deste total, seis horas vão ser dedicadas aos “eclipses artificiais”, enquanto outras órbitas vão ser focadas exclusivamente na execução de experimentos científicos. Segundo a ESA, os resultados do primeiro eclipse devem ser publicados em março.

Dietmar Pilz, diretor de tecnologia e engenharia na ESA, declarou que a missão tem enorme relevância científica. E não é sem motivo: os cientistas precisam dos eclipses para bloquear completamente a forte luminosidade do Sol e estudar a coroa, a camada mais externa do nosso astro. 

Ela é de grande interesse para pesquisadores porque é mais quente que a superfície solar. Além disso, estudar a coroa vai ajudá-los também a compreender fenômenos como ejeções de massa coronal, erupções que lançam toneladas de campos magnéticos pelo espaço e que causam tempestades geomagnéticas em nosso planeta.

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