Explosões no Sol podem ficar visíveis durante eclipse

Um eclipse solar vai acontecer em abril, sendo visível nos Estados Unidos, Canadá e no México. A chamada faixa da totalidade passa por estes países, e quem estiver nela, vai poder ver a Lua escondendo completamente o astro. Durante o fenômeno, o dia vai ficar escuro por alguns minutos — e, com sorte, vai ser possível também ver um pouco da atividade do Sol.

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A Lua bloquieia o disco solar por inteiro durante eclipses solares totais, permitindo a observação direta do nosso astro a olho nu — mas vale lembrar que é essencial proteger os olhos assim que o Sol começar a aparecer por trás da Lua. Olhar diretamente para o astro sem proteção adequada causa danos irreparáveis à visão.

Dito isso, a fase total do eclipse promete um espetáculo, e sabendo disso, autoridades dos Estados Unidos já estão se preparando. Observadores que puderem ver a totalidade podem flagrar as proeminências solares, que são estruturas parecidas com colunas e arcos se estendendo para longe do Sol. Como nosso astro parece ter chegado ao pico (máximo solar) do seu ciclo de 11 anos, é quase certo que as proeminências apareçam.


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As ejeções de massa coronal (CME) também podem ocorrer durante o evento. “Se tivermos sorte, uma CME vai se apresentar como uma estrutura retorcida, em forma de espiral, no alto da atmosfera do Sol”, descreveu Ryan French, físico solar do Observatório Solar Nacional. As CME são grandes ejeções de campos magnéticos e plasma da coroa solar.

Proeminência solar registrada do espaço; estruturas assim podem ser visíveis durante o eclipse solar total (Imagem: Reprodução/Solar Orbiter/EUI Team/ESA & NASA)

Uma característica interessante é que, apesar de se moverem rapidamente, elas aparentam ficar paradas por horas. “O que isso significa é que a mesma erupção pode ser vista em Rochester como foi [vista] em Dallas, em diferentes etapas da mesma erupção de longa duração”, explicou. 

Já as erupções solares, as poderosas emissões que ocorrem na superfície solar e alcançam a Terra em oito minutos, também podem acontecer durante o eclipse. Para serem visíveis durante a totalidade, as erupções e as CME precisam acontecer em parte específica do Sol. “Para ser visível da Terra, ela precisa estar acima da borda do Sol — para não ser bloqueada pela Lua — durante os poucos minutos da totalidade”, acrescentou French. 

Eclipse solar total

Nos eclipses solares totais, a Lua parece ser quase do exato tamanho do Sol ou até um pouco maior, bloqueando seu disco completamente por alguns minutos. Para isso acontecer, depende da distância dela em relação à Terra: como nosso satélite natural segue em uma órbita elíptica, ela fica ora mais perto, ora mais distante de nós. 

Etapas do eclipse solar total ocorrido em 2017 (Imagem: Reprodução/NASA/Aubrey Gemignani)

O eclipse solar total do mês que vem vai ser visível em toda a América do Norte e Central; contudo, a maior parte destas regiões vai observar um eclipse solar do tipo parcial. A totalidade do fenômeno vai ser visível em uma faixa que se estende do oceano Pacífico ao Atlântico, passando por Ohio, Quebec, entre outros locais.

Infelizmente, não vai dar para ver este eclipse solar em nenhum local no Brasil. A boa notícia é que você pode acompanhar o fenômeno online com a live da NASA e de outras organizações.

Leia a matéria no Canaltech.

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