Review Kindle 2024 | Pequeno, poderoso e com muita bateria

O novo Kindle de décima primeira geração, ou Kindle 2024, é uma atualização que reforçou os melhores pontos do leitor digital da Amazon e deixou leitor digital ainda mais rápido, compacto e com autonomia de bateria ainda mais impressionante. Confira o nosso review completo do e-reader.

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Junto com o Kindle 11 que você vai conhecer hoje, a Amazon lançou também novos modelos Paperwhite e o inédito Colorsoft (o primeiro Kindle colorido). Essa nova geração se destaca pela velocidade para abrir livros e trocar de páginas, e o modelo mais básico também oferece este ótimo desempenho. O Canaltech testou o Kindle 11 nas últimas semanas e, agora, contamos todos os pontos positivos e negativos que você precisa saber sobre ele.

Design portátil e confortável, mas pode melhorar

Um dos principais pontos fortes do Kindle 11 é seu design mais diminuto, principalmente se comparado com o modelo Paperwhite — a linha intermediária da Amazon. Como comparação, ele é ligeiramente mais “baixo” que celulares como iPhone 16 Pro Max ou Galaxy S24 Ultra, mas possui mais largura. 

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Assim, ele é extremamente confortável para segurar com apenas uma mão e ir trocando de páginas com a outra. Todo o acabamento é feito em plástico, o que ajuda o aparelho a ser bem leve — além do tamanho, é claro.

Apesar de não ter o acabamento um pouco mais premium, com detalhes emborrachados que estão presentes no Paperwhite, essas são especificações esperadas para o modelo base. 

O único ponto que a Amazon poderia é melhorar é em relação à “tela lisa”. Nos modelos avançados, toda a parte frontal é plana, sem nenhum relevo. Já no Kindle básico, ele tem bordas “saltadas” e a tela “afundada”. Isso pode fazer com que acumule um pouco de poeira nas bordas. Não chega a ser um problema que atrapalhe a usabilidade, mas é um ponto de melhoria. 

“Tamanho discreto do Kindle 11 o torna um ótimo companheiro em qualquer lugar e permite leituras ainda mais confortáveis por várias horas.”

Tela antirreflexo com bastante brilho

A tela antirreflexo é algo comum em todas as linhas de Kindle e deixa a leitura bem mais confortável do que em uma tela de celular ou tablet, por exemplo. Mas o destaque é a iluminação integrada dos leitores, que permite visualizar tudo com bastante clareza em qualquer ambiente, mesmo os mais escuros. 

O Kindle 11 tem 4 LEDs embutidos e, mesmo sendo uma quantidade bem inferior aos Paperwhite (que têm 17 LEDs), ainda é possível chegar a um brilho muito alto no nível máximo. No completo escuro, é possível ler com bastante conforto a partir do nível 3. 

Assim, mesmo se você optar pelo modelo mais básico, você ainda terá um ótimo aparelho para leitura noturna ou em qualquer condição de iluminação. 

Outro ponto forte é que o Kindle 11 tem modo noturno. Então é possível usar o display com o fundo preto e letras brancas. Isso torna o uso mais confortável de noite, mas pode ser questão de gosto. De qualquer forma, isso não influencia na duração da bateria. 

Mais velocidade de navegação

O novo Kindle tem um processador ligeiramente mais eficiente para navegação entre as telas do leitor. Não há um número exato que indique o quanto ele está mais rápido, mas é notável que ele oferece mais velocidade para trocar páginas, desbloquear a tela, abrir e fechar menus, ou iniciar uma leitura, por exemplo. 

O ajuste de brilho — que não é automático — também parece estar um pouco mais suave que os modelos anteriores, mas isso pode ser uma percepção minha, de acordo com o uso. Mas, é importante destacar que ainda fica um pouco atrás do modelo Paperwhite, mesmo da geração passada, em relação à velocidade. No entanto, isso já é esperado. 

“É interessante ver que a Amazon também dá uma atenção especial ao processador do Kindle de entrada e, mesmo sendo o modelo mais barato, ele entrega bastante velocidade de navegação.”

Bateria para semanas de uso

A Amazon destaca que a bateria do Kindle dura seis semanas, mas considerando um padrão de uso com leitura diária de meia hora, Wi-Fi desligado e iluminação no nível 13. 

Eu, particularmente, costumo ler com o brilho em um nível entre o 3 e o 6, mas mantenho o Wi-Fi sempre ligado — o que acaba consumindo mais energia. Você pode desativar a conexão e ler normalmente seus livros, então dependendo do cenário, uma carga completa pode ultrapassar meses. 

Quanto ao carregamento, o Kindle 11 tem suporte para adaptadores de 9W e, com eles, pode ter sua bateria totalmente abastecida em duas horas. Já se preferir plugar o USB em um computador ou notebook, o tempo de carga é de 4 horas. Vale destacar que, desde o modelo de 2022, os Kindle possuem conector USB-C, inclusive o modelo de entrada. 

Experiência de leitura

A experiência de leitura com o Kindle 11 é bem agradável e, por ser o menor entre os e-readers da Amazon, ele é bem confortável e permite longas horas de uso sem qualquer incômodo.

A tela não teve nenhuma mudança desde as últimas gerações, então permanece com a mesma qualidade de sempre. Por ter o display e-ink, ou seja, de “tinta virtual”, ele não causa danos à vista se usado de forma prolongada, ao contrário de tablets ou smartphones, por exemplo.

A organização dos livros também está ótima, e o Kindle 11 tem a mesma interface do Paperwhite ou Signature Edition, com uma tela inicial que reúne as últimas obras abertas, recomendações de leituras, conteúdos disponíveis no Prime Reading ou Kindle Unlimited, entre outras sugestões. Há ainda a aba “Biblioteca” que mostra todos os títulos salvos na conta, estejam eles baixados no Kindle ou não. 

Ao abrir um livro, você pode selecionar, no canto inferior esquerdo, a forma de indicar o progresso na leitura. É possível escolher entre o número da página, o tempo restante no eBook ou no capítulo, ou a posição no livro — um padrão exclusivo dos dispositivos Kindle.

É importante destacar que o Kindle agora padroniza o armazenamento em 16 GB e não tem mais uma versão com 8 GB. Embora seja praticamente impossível encher toda essa memória, essa versão básica de 16 GB é interessante para quem usa o recurso Amazon Audible, já que os arquivos de audiolivros ocupam mais espaço. 

Concorrente diretos

O Kindle não tem concorrentes diretos no mercado brasileiro, pois o maior adversário da Amazon no nosso país era a Rakuten, com os leitores Kobo. Porém, estes pararam de ser vendidos oficialmente por aqui há alguns anos. 

Ainda assim, se você preferir importar, há algumas alternativas disponíveis. Além do próprio Kobo Clara BW, que é a versão mais básica no portfólio da Rakuten, há ainda versões com suporte para tela colorida, como o Kobo Clara Colour ou o Kobo Libra Colour. 

Há também os “tablets” Onyx BOOX ou ReMarkable. Estes, porém, são dispositivos um pouco diferentes. Apesar de também terem um display e-ink, seus sistemas são baseados no Android, então eles permitem o download de mais aplicativos além de apenas funcionar como e-reader. 

O Kindle da 11ª Geração custa R$ 540 no site oficial da Amazon. Confira o preço de cada modelo concorrente em dólar e qual seria o valor aproximado de cada um em reais em conversão direta:

• Kobo Clara BW: US$ 130 (R$ 791)
• Kobo Clara Colour: US$ 150 (R$ 913)
• Kobo Libra Colour: US$ 220 (1.339)
• Onyx BOOX Palma 2: US$ 280 (R$ 1.705)
• ReMarkable 2: US$ 380 (R$ 2.314)

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Vale a pena comprar o Kindle 11?

Sim, vale a pena comprar o Kindle 11. Apesar de o preço estar mais alto que as gerações passadas, o desempenho do aparelho é bem satisfatório e, ainda que seja “caro”, ele sai bem mais em conta do que qualquer concorrente, mesmo se você tiver a opção de importar. 

Vale destacar que o Kindle 11 está mais ágil para navegação geral, tem uma boa quantidade de armazenamento — seja para e-book ou audiolivros —, tem uma tela com bastante brilho e uma interface bem amigável. Além disso, sua bateria pode durar meses, dependendo do seu hábito de leitura. 

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