François Bayrou assume como novo primeiro-ministro da França

Paris – O presidente francês Emmanuel Macron nomeou François Bayrou como novo primeiro-ministro, encerrando dias de incerteza política após a queda do governo anterior por uma moção de censura histórica.

A escolha por Bayrou, um centrista veterano, visa reunir um parlamento fragmentado em meio a desafios políticos e orçamentários.

Com 73 anos, François Bayrou já foi ministro da Educação e disputou três eleições presidenciais, alcançando seu melhor desempenho em 2007.

Líder do Movimento Democrático (MoDem), ele tem uma longa trajetória política e mantém forte ligação com Macron desde 2017, quando desistiu de sua candidatura presidencial para apoiá-lo.

Histórico e experiência política de François Bayrou

Bayrou começou sua carreira política em governos conservadores, onde consolidou sua reputação como uma figura de diálogo. Entre 1993 e 1997, foi ministro da Educação, período que marcou sua ascensão no cenário nacional. Além disso, seu partido, o MoDem, desempenhou papel importante como aliado de Macron nos últimos anos.

Em 2017, ele foi nomeado ministro da Justiça, mas renunciou devido a uma investigação sobre uso indevido de fundos do Parlamento Europeu, da qual foi inocentado este ano. Apesar do episódio, sua habilidade em formar alianças políticas segue como um de seus principais trunfos.

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Desafios no Parlamento dividido

O novo primeiro-ministro assume em um momento delicado. Desde as eleições legislativas de junho, o Parlamento está dividido em três grandes blocos:

  • Uma aliança de partidos de esquerda;
  • O partido de extrema-direita Rassemblement National (RN);
  • A coalizão centrista de Macron.

A fragmentação tem dificultado a aprovação de medidas essenciais, como o orçamento de 2024, cuja última proposta foi rejeitada. Bayrou terá que negociar intensamente para garantir que o governo funcione.

Reações à nomeação

Na extrema-direita da França, o presidente do RN, Jordan Bardella, afirmou que seu partido não descarta colaborar, mas exigiu respeito às suas “linhas vermelhas”. Ele destacou que Bayrou deve considerar as demandas de todos os grupos parlamentares.

Já a esquerda criticou duramente a decisão de Macron. Manon Aubry, do partido La France Insoumise (LFI), declarou que Bayrou representa “o macronismo em sua essência”. Mathilde Panot, líder do LFI na Assembleia Nacional, classificou a nomeação como um sinal de continuidade das “políticas equivocadas” de Macron e anunciou disposição para votar outra moção de censura.

Projeção para o futuro político

A principal missão de Bayrou será formar um governo capaz de aprovar um orçamento em meio a divergências políticas. Ele precisará construir pontes entre os blocos e buscar consenso para evitar novos embates que agravem a crise institucional.

Entenda o caso: crise política na França

  • O que aconteceu: uma moção de censura derrubou o governo anterior.
  • A escolha de Macron: François Bayrou foi nomeado primeiro-ministro para enfrentar o parlamento dividido.
  • A missão de Bayrou: aprovar o orçamento de 2024 e unificar as forças políticas.
  • Reações políticas: críticas da esquerda, cautela da extrema-direita e expectativa de negociação.

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